LollaBR sofre atrasos por conta de temporal, Kings of Leon volta após 5 anos e Post Malone leva funk ao festival

Caleb Followill (Kings of Leon) e Post Malone

O sábado de Lollapalooza, segundo dia do festival, sofreu com o temporal que causou transtornos na cidade de São Paulo. Por volta das 14h30, quando o evento recebia shows de Rashid, LANY e Dubdogz, a organização pediu para o público evacuar de perto dos palcos. Havia uma tempestade se aproximando do Autódromo de Interlagos.

A interrupção durou cerca de 2 horas e 15 minutos. E então o grupo Snow Patrol, a cantora JAIN e o DJ Gryffin retomaram a música no festival. Não houve nenhum caso grave registrado pelos bombeiros durante a tormenta. Sinal de que o publico soube ouvir a orientações.

KINGS OF LEON

Foto: Camila Cara/MRossi

A banda do Tennessee formada pelos quatro pelos irmãos Caleb, Jared, Nathan e o primo Matthew Followill voltou ao Brasil após 5 anos de espera. O grupo deu inicio a apresentação às 21h10, com a canção “Crawl“, do álbum ‘Only by the Night’ (2008).

Os Kings of Leon estiveram em turnê durante 2016 e 2018 para divulgar seu sétimo álbum de estúdio, ‘WALLS’ (2016). Nesta apresentação, foram apenas 4 músicas do disco: “Find Me“, “Over“, “Eyes on You” e “Waste a Moment“. Também não faltaram canções de álbuns mais antigos, como “Molly’s Chambers“, do ‘Youth and Young Manhood’ (2003); “The Bucket“, do ‘Aha Shake Heartbreak’ (2004); “Fans“, “Knocked Up” e “On Call“, do ‘Because of The Times’ (2007).

Os hit’s ficaram espalhados pelo repertório, primeiro veio “Supersoaker“, depois de 6 músicas teve a empolgante “Sex on Fire“, “Pyro” foi uma das últimas e fez a galera cantar, e um dos hinos do rock alternativo, “Use Somebody“, ficou para o final. O single que já vendeu mais de 1 milhão de cópias, foi a antepenúltima do setlist e levou a plateia ao delírio.

Mais madura e simpática, a banda mostrou que sabe como encerrar um festival e destacou Caleb, que apesar dos anos, continua com a mesma voz das gravações de estúdio. Os rapazes norte-americanos seguraram com louvor o papel principal de um dia tão difícil para o festival.

 

POST MALONE

Foto: Mila Maluhy/MRossi

Uma das atrações mais esperadas do Lolla 2019, Post arrastou uma multidão para o Palco Principal 2. O rapper inciou a apresentação com um atraso de 10 minutos e mandou uma sequência com “Zack and Codeine“, “Too Young“, “Over Now” e “Better Now“.

Pela primeira vez no Brasil, Post parecia estar a vontade no palco. Caminhava a todo momento e se esforçava para dar seus agudos impulsionados pelo forte auto tune de seu microfone. Foi assim durante toda a apresentação.

Do álbum ‘Beerbongs & Bentleys’, o mais recente do rapper, foram 8 músicas, entre elas “Candy Paint“, “Psycho“, “Paranoid“, “Stay” (está com direito a Post no violão) e o hit “Rockstar“. Ainda teve tempo para seu novo single “Wow” e o tema da animação ‘Homem Aranha No Aranhaverso’, “Sunflower“.

Um dos momentos mais altos da apresentação foi quando Post chamou o MC Kevin O Chris. Ele cantou seus dois maiores sucessos no momento: “Vamos Pra Gaiola” e “Ela é do Tipo”, ambas levando a plateia ao delírio e também à muita dança, inclusiva Post.

A última música foi o primeiro sucesso de Post, “Congratulations“. Antes de se despedir, ele disse que não iria demorar para voltar ao Brasil e aparentava estar muito animado e emocionado. Quando a canção acabou, o rapper desceu e foi até o público que o recebeu com muitos gritos e devoção.

 

LENNY KRAVITZ

Foto: Mila Maluhy/MRossi

O veterano ‘sex symbol’ dos anos 90 fez um dos shows mais vazios desta edição do Lollapalooza. Talvez, o problema tenha sido a distância entre os palcos principais e também atrações mais joviais como Vintage Culture (Perry), Jorja Smith (Alternativo) e a espera por Post Malone (Principal 2).

Enfim, mesmo sem um grande público Lenny Kravitz subiu ao palco com um dos seus maiores sucessos, “Fly Way“, botando o povo para pular. Em seguida ele mandou “Dig In” e o cover “American Woman“, da The Guess Who. O músico está em turnê para divulgar seu novo álbum, chamado ‘Raise Vibration’, mas no festival apresentou apenas uma canção, “Low“.

It Ain’t Over ‘Til It’s Over“, um dos primeiros hit’s do cantor deu um tom de nostalgia à apresentação. Depois vieram “Believe“, “Always on the Run“, “Where Are We Runnin’?” e “Again“. Mesmo estourando o tempo de apresentação, Lenny deu uma pequena pausa e retornou ao palco para cantar “Let Love Rule“, com direito a uma versão estendida e descida para cumprimentar a plateia, finalizou com o sucesso “Are You Gonna Go My Way“. Um dos destaques da apresentação foi a banda de Lenny, muito bem afinada e entrosada.

Lenny Kravitz não vinha ao Brasil há 8 anos, e temos uma certeza: ele não pode voltar ao Lolla. Além de tocar para público que não o conhece, também tem que enfrentar apenas 75 minutos de show. Então, segue a dica, faça tour solo no Brasil!

 

JORJA SMITH

Foto: Denis Ono/MRossi

A cantora nascida em Walsall (Inglaterra), de apenas 21 anos, não parecia estar acreditando naquela multidão que cantava todas suas músicas do início ao fim. Nomeada ao Grammy como Melhor Nova Artista, Jorja se apresentou pela primeira vez no Brasil.

Com uma camisa da seleção brasileira personalizada, Jorja mostrou no palco Alternativo um show baseado em seu primeiro e único álbum de estúdio, ‘Lost & Found’ (2018). A cantora, que é uma das promessas do R&B, manteve o público concentrado e cativado em sua apresentação.

Canções como os hit’s “Blue Lights“, “Let Me Down“, “The One“, “Teenage Fantasy“, “Where Did I Go?” e “Lost & Found” estiveram no setlist e embalaram a plateia que tinha presença ilustre da cantora Liniker, grande fã de Jorja. O show foi encerrado com outro sucesso, “On My Mind“.

 

BRING ME THE HORIZON

Foto: Camila Cara/MRossi

O grupo de Sheffield (Inglaterra) apresentou um show bem animado e com músicas novas, diferentes do que haviam mostrado por aqui em suas últimas passagens. O vocalista Oliver Sykes, se puxou para pronunciar algumas palavras em português, e foi bem, visto que é casado com uma modelo brasileira.

A apresentação que durou 1 hora, surpreendeu e foi bem empolgante. O público soube reagir bem com o metalcore da banda e interagiu com o show fazendo diversos mosh’s na arquibancada natural do palco Principal 2.

O repertório foi baseado totalmente no novo álbum da banda, e tanto quanto diferente do metalcore do ínicio. ‘amo’, lançado em janeiro deste ano, contém pegadas de pop rock e rock eletrônico e mostra uma nova roupagem da banda. Méritos para eles, que buscam sair do mesmo e se renovar. Foram 5 canções no setlist, todos singles: “MANTRA” (indicado ao Grammy), “Wonderful Life“, “Mother Tongue“, “Nihilist Blues” e “Medicine“.

Do álbum ‘That’s the Spirit’, lançado em 2015 e recebido muito bem pela crítica, teve “Drown“, “Follow You“, “Happy Song” e “Throne“. Já do ‘Sempiternal’, quarto álbum de estúdio, foi “Can You Feel My Heart“, “Shadow Moses” e “The House of Wolves“.

 

SNOW PATROL

Foto: Thiago Almeida/MRossi

A banda irlandesa/escocesa uma das pioneiras do Rock Alternativo teve a tarefa de restabelecer a ordem logo após o temporal. Gary Lightbody, Nathan Connolly, Paul Wilson, Johnny McDaid e Jonny Quinn subiram ao palco Principal 1 tocaram por 20 minutos.

O grupo mostrou um repertório com os clássicos “Open Your Eyes“, “Run” e “Chasing Cars“, mas também deu tempo de tocar uma canção do álbum ‘Wildness’, que marcou o retorno da banda após 7 anos em hiato, “Heal Me“. O setlist teve ainda mais duas músicas, “Called Out in the Dark” e “Just Say Yes“.