Entrevista: Good Samaritans mostrará toda sua versatilidade aos planetários

Atração confirmada no Planeta Atlântida 2016, a Good Samaritans está em seu terceiro ano de carreira e vem conquistando cada vez mais destaque no cenário musical no sul do Brasil. A banda tem chamado a atenção do público, explorando diversos gêneros como Reggae, MPB, Soul e R&B – aliados a uma abordagem simples e carismática em suas apresentações, envolvendo temas sociais e existenciais.

O grupo surgiu em Porto Alegre, do encontro dos amigos Bernardo Rabello e Thomaz Verardi – interessados em propagar mensagens de amor e paz através da arte. No reggae e na música brasileira, eles encontraram as referências para traduzir este sentimento. Os guris também são idealizadores e realizadores do projeto “Caminhos Livres”, um festival de arte e cultura, realizado em praça pública e que em suas três edições já recebeu mais de 12 mil pessoas.

Dentro de um repertório versátil, a banda busca um projeto autoral consistente e interessante. Em julho de 2015, lançou seu EP de estreia e a música “Meu Bem” pode ser ouvida em todo o Rio Grande do Sul pela rede Atlântida. Um CD completo e com material inédito da banda está sendo produzido por Júlio Porto, ex-Ultramen. O álbum será lançado ao final de março, quando eles completam três anos de carreira.

O reggae é o coração pulsante do álbum, que conta também com as composições autorais “Balanço Patrimonial” e “Serviçal Servente”. Com um show composto por canções próprias junto a releituras de artistas como Marisa Monte, Criolo e Natiruts, a Good Samaritans promete um clima especial no Palco Club688, do Planeta.

Nós batemos um papo com os vocalistas da banda, Bernardo e Thomaz. Confira trechos da entrevista:

O Good Samaritans tem uma curta trajetória, por enquanto, mas já arrasta uma galera fiel às suas apresentações. Nos shows vocês já percebem aquela turma que sempre que pode, comparece??

Bernardo – Com certeza, nestes 3 anos nós conquistamos uma galera fiel, que sempre fala com a gente, e se tornaram rostinhos conhecidos da banda. Muito disso se deve ao nosso trabalho ter começado com muitos amigos que nos acompanharam. Depois vieram os amigos dos amigos. E chegou uma hora que extrapolou e virou um monte de pessoas que acabaram tornando nossos amigos também.

O famoso boca-a-boca

Bernardo – É assim que a coisa começa. E as vezes a pessoa nem tem noção do quanto ela está fortalecendo o nosso trabalho e a nossa caminhada num simples compartilhamento de um vídeo ou coma curtida de uma foto. Isso é muito preza!

O primeiro EP foi lançado em julho do ano passado com 3 músicas. O single “Meu Bem” foi muito bem recebido pelo público. Vocês percebem isso nos shows também??

Bernardo – No show a música “Meu bem” sempre funciona muito bem. Mas não sei se é por que a gente trabalha com outra música, chamada “Serviçal Servente”, há mais tempo nos shows, que a impressão que eu tenho é que a galera canta esta música muito mais forte. Mesmo “Meu Bem” tocando na rádio, “Serviçal Servente” rola uma energia diferente.

Quais são os próximos planos?? Mais um EP ou um CD novo da banda está no horizonte??

Thomaz – Nós lançamos no ano passado esse EP com estas 3 músicas e foi o nosso primeiro cartão de visitas. E estamos preparando, pro aniversário de 3 anos da banda, no final de março, o lançamento de um CD completo com seis músicas e mais duas do EP: “Meu Bem” e Serviçal Servente”.  Vai ser bem legal, pois algumas destas músicas nós já tocamos nos shows, mas ainda não registramos em estúdio. E vai ter uma releitura nossa para uma música da Marisa Monte, chamada “Não Vá Embora”, que já tem até em vídeo no youtube e a galera adora.

Bernardo – É bom contar que estamos produzindo este disco com o Júlio Porto, grande guitarrista de Ultramen e da Walverdes. Um cara super engajado dentro do cenário musical, sempre muito focado na questão artística e a gente está muito feliz de desenvolver esse trabalho com ele.

Sabemos que o reggae da Good Samaritans tem elementos de rap, MPB e groove. Mas quais foram os nomes destes estilos que influenciaram o som da banda?

Thomaz – É uma mistura muito grande. Considero um privilégio ter uma série de referências musicais. Desde criança nós podemos ter acesso a músicos como Vinícius de Moraes, Tom Jobim, Djavan. Na origem da banda, o reggae, temos a onda roots do Steel Pulse, do Peter Tosh e do Bob Marley.

Bernardo – O nosso som não é apenas o reggae roots justamente por nós conhecermos todos os grandes mestres do estilo e mesclarmos isso com os artistas brasileiros que nos influenciaram, sabe! E esse é som do Good Samaritans, que a galera pode conferir nos shows e agora com o lançamento do CD novo vamos conseguir mostrar ainda mais cara no som ao misturar o reggae com a MPB.

A apresentação no Planeta Atlântida, um festival de visibilidade nacional, vai ser a chance de se mostrarem ao Brasil. Como estão planejando o repertório para este show?

Bernardo – Com certeza será uma oportunidade muito legal. Até na questão pessoal será uma realização muito grande. Tu atingir alguma coisa que tu passou a vida inteira almejando e cumprir com o objetivo que tu traçou. Nós somos muito focados em fazer nosso trabalho com muita seriedade e isso tem nos levado a ter bons resultados e ser convidado para participar de um evento como o Planeta Atlântida.

Com relação ao repertório vamos mesclar as músicas do EP e as do CD novo e também algumas músicas destes artistas que são referência pra nós. Então é um show que não só pra mostrar a cara da banda, mas também pra galera cantar e se divertir.

Vocês são os idealizadores do Caminhos Livres, projeto bacana que teve sua última edição em novembro de 2014. Pensam em realizar novas edições?

Bernardo – Na verdade ele nunca parou. O Caminhos Livres muito mais que um festival de cultura de rua, ele é uma rede de pessoas que se formou através desta ideia. A nossa ideia com o Caminhos Livres era se juntar para transformar o cenário cultural em algo mais efervescente, em algo que pudesse dar mais visibilidade para a galera que está começando.

Nós estávamos preparados para realizar mais uma edição em novembro passado, mas havia um impasse: a proporção que o projeto tomou já não estava sendo condizente com o espaço da praça onde a gente realizava o Caminhos Livres. O negócio ficou muito grande. E não tem como achar isso ruim, né? Mas ao mesmo tempo nós tivemos toda uma preocupação com a segurança e a organização. Então vamos encarar o desafio de levar o festival para um novo espaço. Vamos realizar uma nova edição em março e estamos conversando com a Coordenadoria de Música, da Secretaria de Cultura de Porto Alegre pra ver em qual local fazer o Caminhos. Aproveito esta entrevista pra convidar o pessoal a comparecer e participar do projeto como um todo. Este não é um projeto da Good Samaritans e sim um projeto de todos. Todo mundo contribui.


Onde a galera pode assistir vocês pelo Rio Grande do Sul. Estão em turnê ou estão se apresentando em locais fixos?

Bernardo – Esse ano fizemos uma parceria com o Club688 e tocamos lá várias vezes e num evento muito legal que teve no Opinião chamado “Fellas Music Festival”, bem organizado e com uma galera que conhecemos justamente com o ‘Caminhos’. Temos tocado no Pico da Tribo, lá no (Praia do) Rosa. E há um ano e meio temos uma parceria com o Scooba, em Imbé e sempre nos apresentamos na casa. Essa turma do litoral nos abraçou e isso é muito bacana. Mas estamos em contato com cidades do interior e elaborando uma turnê estadual. Temos até a possibilidade de fazer um show no Uruguai, em Punta del Diablo. Mas estamos aí! O que a gente mais quer é tocar nosso som para a galera.