Entrevista exclusiva: Dennis DJ, a mente por trás do funk, conta sua expectativa para o Planeta

O produtor musical Dennis, considerado um dos maiores produtores de funk do Brasil, chega ao Planeta Atlântida para apresentar seu Baile com participação de MC Guimê e Valesca PopozudaDennis é responsável por vários hits no funk, como “Cerol na Mão” (Bonde do Tigrão), “Dança da Motinha“ (Beth) e “Tô Tranquilão” (Sapão). Além de produzir vários MC’s iniciantes que estouraram pelo cenário musical. O produtor musical e DJ, que atingiu as paradas com “Vamos Beber – Joga o Copo Pro Alto” e “Quando o DJ Mandar”, conversou com o No Palco por telefone e contou as curiosidades do início de sua carreira e que apesar de produzir tantos sucessos do funk não se considera “o pai do funk”. O Baile do Dennis encerra a primeiro noite do festival.

 

Dennis, você é um dos maiores produtores musicais no Brasil atualmente. Quais são as tuas influencias?
Na verdade a minha influencia é a música brasileira, desde criança escutava de Jorge Ben a sertanejo sempre fui criado ouvindo isso. Tenho influência no dance music e no funk internacional dos anos 80 e 90. Eu sou um cara eclético, misturo tudo porque não tenho preconceito com nenhum estilo musical. Eu gosto de todos os estilos porque musica pra mim não tem cor, não tem idade. Por isso que misturo funk com eletrônica, funk com sertanejo, funk com forró e faço uma mistura bem brasileira.

Quando você decidiu seguir a carreira de DJ?
Em 94, com 14 anos de idade, comecei a fazer festas. Do lado da minha casa tinha um baile funk, um clube que todo sábado tinha uma festa e eu acabava ouvindo de casa aquele barulho todo, até que criaram uma matine e minha mãe me levava e eu fiquei encantado quando entrei no baile e vi um monte de caixa de som o DJ tocando os discos. Eu ia todo final de semana, e eu não fazia nada ficava só do lado do DJ e ali surgiu o interesse em seguir a profissão. Com 15 anos já chamava atenção, eu tocava para um publico de 600 pessoas e isso chamou a atenção de uma rádio no bairro onde eu morava e fui convidado para fazer um programa lá. Ali eu comecei a conhecer o estúdio com e passei a produzir meus vizinhos que queriam ser MC’s. Logo em seguida chamou a atenção do Furacão 2000 e quando eu tinha 16 anos fui contratado para fazer os bailes deles.


Você se considera “o pai do funk”, já que produziu grandes sucessos do gênero?
Não… Nunca! O funk não tem dono eu sou mais um operário que faz a coisa andar tem muitos nomes influente que derre pente não é nem conhecido no Brasil e que fez a coisa acontecer. Tem o DJ Malboro, MC Neném, MC Mascote, o Claudinho & Buchecha, a galera que começou a nacionalizar o funk que até entanto era internacional.

Essa é tua primeira vez no Planeta. Qual é a tua expectativa para o show de sexta? 
Estou bem ansioso e orgulhoso, tocar num festival dessa importância com nomes consagrados da música nacional e internacional. É uma honra grande


Como funciona o processo de seleção dos convidados? 
Depende de região, nós pensamos MC Guimê e Valesca Popozuda é uma boa no Rio Grande do Sul, se eles tiverem um brecha na agenda eles participam. Também levamos em conta o conhecimento do cantor na região, têm MC’s que são conhecidos no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul não e vice versa.

Como será o show no Planeta?
Ah vai ser bem legal, vou tocar vários hits como “Quando o DJ Mandar“, “Vamos Beber – Joga o Copo Pro Alto“, “Lindona“, entre outros. E ainda terá a presença da Valesca e do Guimê, vai ser um grande show.

Podemos esperar uma participação do Wesley Safadão na música “Na Farra”?
Nem pensei nisso ainda, pode ser uma boa ideia quem sabe, não sei se o Wesley conseguem um tempo porque ele anda com a agenda bem corrida. No dias se a gente se encontrar podemos bolar alguma coisa.

Quais são seus planos musicais depois do lançamento do novo disco? Turnê ou outro projeto?
Vou começar na divulgação dos últimos trabalhos, irei gravar alguns clipes do “Na Farra” e sair em turnê pelo Brasil.   

Uma mensagem para os fãs gaúchos?
Obrigado pelo carinho, por me receber de braços abertos. Vão ao show curtam, fiquem bem, tenham cuidado, se for dirigir não beba e voltem tranquilos…