Show morno do Natiruts abre a temporada 2022 do Araújo Vianna

Foto: Tony Capellão/No Palco

Na noite da última sexta-feira (07), o Araújo Vianna iniciou sua temporada de shows. Quem ficou encarregado de dar o pontapé inicial foi o Natiruts. A banda brasiliense trouxe para a capital gaúcha o show da turnê “Good Vibration”, do álbum homônimo lançado ano passado. Este show já havia sido remarcado três vezes desde a data original, em 2020.

Eram quase nove da noite, horário marcado para o início do show e nem um terço do auditório estava ocupado, mas por volta das 21:40 a banda subiu ao palco para iniciar a apresentação, com quase metade das cadeiras do Araújo Vianna ocupadas.

Foto: Tony Capellão/No Palco

Cumprimentando o público, Alexandre Carlo já entoa “Tudo vai dar Certo” (Single, 2020) e “Leve Com Você” (Qu4tro, 2002) e depois o clássico do primeiro álbum “Deixe o Menino Jogar” (Natiruts, 1997). A partir daí um setlist morno gerou uma plateia apática até a metade do show. Mesmo com canções como “Você me Encantou Demais” (Ao Vivo no Rio de Janeiro, 2012), “Glamour Tropical” (Raçaman, 2009), “Vento Sol Coração” (Raçaman, 2009), “Reggae de Raiz” (Natiruts, 1997) e “Em Paz” (Povo Brasileiro, 1999) os espectadores ficaram sentados em suas cadeiras com poucas reações. No meio destas, as novas “Ela“, “Todo Bien” e “Rosas” (Good Vibration, 2021).

O vocalista relembrou que esta era apenas a segunda apresentação da banda no palco do Araújo. A primeira, ainda como Nativus, ocorreu em 1997. Vieram “Naticongo” (Qu4tro, 2002), “De Tanto Sol” (Good Vibration, 2021), “Misteriosa Atração” (Qu4tro, 2002) e “Sol do meu Amanhecer” (Índigo Cristal, 2017) que antecederam “Andei Só” (Verbalize, 2001) que despertou a plateia que ficou em pé até o final do show com uma sequência de hits: “Quero ser Feliz Também” (Nossa Missão, 2005), “Meu Reggae é Roots” (Povo Brasileiro, 1999), “Na Positiva” (Índigo Cristal, 2017), “O Carcará e a Rosa” (Povo Brasileiro, 1999), “No Mar” (Raçaman, 2009) e “Sorri, Sou Rei” (Raçaman, 2009). Já em “Reggae Power” foi uma catarse entre banda e plateia.

Foto: Tony Capellão/No Palco

A decepção ficou por conta do bis, quando a banda, que nem chegou a sair do palco executou dois dos maiores clássicos do Natiruts apenas em trechos curtos e à capela deixando a plateia com gosto de ‘quero mais’: “Liberdade pra Dentro da Cabeça” e “Presente de um Beija-Flor”. Antes do bis, houve tempo de uma homenagem a Luiz Melodia, com “Pérola Negra”, no dia do aniversário do cantor e compositor carioca.

Para uma banda que sempre esgota ingressos em sessões extras no Opinião/Pepsi on Stage, é de se estranhar a falta de interesse do público neste show. Mas quem sabe, como Alexandre falou, com todos vacinados e a pandemia superada, este cenário mude.