Primeiro aniversário do Projeto Desconcerto

Quando: 18:30 17/09/2016
Onde: Rua General Lima e Silva, 240 - Cidade Baixa - RS, Brazil
Quanto: Valores a serem divulgados


Que tal ouvir música de concerto no ambiente informal de um bar? Há um ano, essa tem sido a proposta do Desconcerto, que mensalmente transporta essa tradição das salas de concerto ao Parangolé (Lima e Silva, 240), na Cidade Baixa, em Porto Alegre. Para comemorar seu primeiro aniversário, o projeto realiza duas edições neste mês de setembro, a primeira delas com o Quinteto Porto Alegre, um das mais atuantes grupos de câmara do cenário cultural do Estado.

No dia 17 de setembro, às 18h30, a comemoração segue com a estreia do Remendola de Chave, que reúne os músicos Diego Silveira (computador e vuvuzela) e Paulo Bergmann (piano e escaleta). Neste trabalho inédito, eles misturam fragmentos sonoros inspirados em um instrumento antecessor da pianola, do sequenciador e do loop: a remendola de chave. Diferentes estilos e proveniências musicais são passados no liquidificador e filtrados no piano, na escaleta, no computador e nas vuvuzelas.

Atualmente formado por Elieser Fernandes Ribeiro (trompete), Tiago Linck (trompete), Nadabe Tomás (trompa), José Milton Vieira (trombone) e Wilthon Matos (tuba), o Quinteto Porto Alegre busca o mais elevado nível artístico, divulga obras de compositores nacionais e contribui para a difusão da música escrita originalmente para quinteto de metais. O repertório do grupo inclui obras originais da literatura para metais e transcrições, expandindo-se desde a renascença até as mais recentes criações do século XXI.

O projeto Desconcerto não cobra um valor fixo de couvert artístico, mas sugere uma contribuição espontânea, de R$ 5 a R$ 20, que remunera os músicos. Reservas pelo 3019-6898.

O PROJETO DESCONCERTO
O Desconcerto foi inspirado em projetos que têm levado essa tradição musical a bares e casas noturnas na Europa e nos Estados Unidos (como Classical Revolution e The Night Shift). Tomar um chope enquanto assiste ao recital? Pode. Aplaudir quando uma passagem causa entusiasmo ou entre os movimentos, e não só ao final da peça? Sinta-se à vontade.
O objetivo é justamente apresentar a música de concerto em um formato diferente do convencional, transgredindo códigos que conferem um ar sisudo a essa tradição e a afastam do público, e estimulando novas formas de performance e escuta.
Ao longo de seu primeiro ano de atividades, o projeto realizou doze edições, conquistando o reconhecimento da comunidade musical e cultivando seu público. Diferentes formações e repertórios da música de concerto foram levados ao bar Parangolé, na Cidade Baixa. Teve sexteto de percussões, quarteto de cordas, duo de violinos, violão solo e quarteto de cordas, interpretando um repertório que foi da música barroca às canções contemporâneas, passando pelas paisagens sonoras. Leia abaixo depoimentos de músicos que participaram do projeto:
“Energia muito legal. A gente fez música ‘séria’ sem compromisso.” Lucas Duarte, violoncelista
“Enquanto a gente tocava, a gente sentiu uma liberdade, uma intimidade entre os músicos e a plateia que não se vê mais na sala de concerto. Eu senti uma volta da natureza da música que a gente estava tocando. Eu acho que esse projeto é realmente uma coisa imprescindível do século XXI.” Timothy Jones, violinista
“Essa cidade tem tesouros inacreditáveis, e um deles é o projeto Desconcerto. Esse projeto é inovador, e está contribuindo muito para divulgar uma música que até então ficava restrita aos teatros.” Catarina Domenici, pianista