Maria Bethânia presenteia os porto-alegrenses com uma noite inesquecível de música e emoção

Foto: Glauco Malta / TURBINADO

Porto Alegre teve a honra de receber, na noite da última quinta-feira (03), uma das maiores artistas da música brasileira: Maria Bethânia. A ‘abelha rainha’ apresentou seu “Show de Sucessos” para um Araújo Vianna lotado, com um repertório que capturou a essência de sua carreira extraordinária, combinando canções consagradas e surpresas encantadoras.

Maria Bethânia presenteou os porto-alegrenses com uma noite inesquecível de música e emoção. A intérprete baiana mais uma vez provou sua maestria no palco, encantando a plateia com sua voz potente, expressão emocional e presença forte.

Sob roteiro e direção da própria Bethânia, o espetáculo teve início com duas canções de seu irmão Caetano Veloso, “Gema” e “Um Índio”. Já no início, citando os versos de “Como 2 e 2”, Bethânia prestou homenagem à eterna Gal Costa e pediu à plateia que aplaudisse a voz imortal da cantora.

Foto: Katia Farias / A retrateira Art

O show foi dividido em dois atos. O primeiro trouxe interpretações emocionantes como “Onde Estará o Meu Amor” e “Fera Ferida”, uma homenagem a Erasmo Carlos com “Vem Quente Que Eu Estou Fervendo”, e os versos empoderados de “Mulheres do Brasil”. Uma das surpresas encantadoras do repertório foi “Galos, Noites e Quintais”, canção composta por Belchior e lançada em 1977. Foi a primeira vez que Bethânia interpretou uma composição do eterno artista cearense.

A transição entre os atos ocorreu após uma breve saída de Bethânia do palco e um instrumental executado por sua talentosa banda, durante o qual eles entoaram o refrão de “Maria Vai Com As Outras”, de Toquinho e Vinicius de Moraes. Nesse momento, a percussionista Lan Lan recebeu uma ovação durante seu solo.

Foto: Katia Farias / A retrateira Art

O segundo ato trouxe “Yáyá Massemba” e uma interpretação emocionante de Bethânia para “Cálice”, de Chico Buarque e Gilberto Gil. Após recitar o texto ‘Apesar das Ruínas e da Morte’, a ‘abelha rainha’ nos brindou com outra interpretação tocante, desta vez de “Amor de Índio”. A suavidade de “Olhos nos Olhos” e a força de “Volta por Cima” ecoaram como declarações de perseverança e resiliência.

O samba de roda tomou conta do espetáculo com “Purificar o Subaé / Louvação à Oxum”, “Vento de Lá / Imbelezô Eu” e um medley de “Santo Amaro Ê Ê / Quixabeira / Reconvexo / Minha Senhora / Viola, Meu Bem”. A interpretação inédita do sucesso “Tá Escrito”, composição de Carlinhos Madureira, Xande de Pilares e Gilson Bernini, levou o público ao delírio.

Após uma breve despedida, Bethânia retornou ao palco e animou a plateia com antigas marchinhas de carnaval, como “Allah Lá Oh”, “A Filha da Chiquita Bacana”, “Chuva, Suor e Cerveja”, entre outras.

Encerrando a apresentação, como é tradição nos espetáculos de Bethânia, o clássico “O Que É, o Que É?”, de Gonzaguinha, fez seu refrão ecoar pelo ambiente, reafirmando que seremos para sempre eternos aprendizes de Maria Bethânia e de todo o seu talento!

Foto: Katia Farias / A retrateira Art