Paula Toller resgata legado dos seus 40 anos de carreira em show no Araújo Vianna

Foto: Tony Capellão/No Palco

Paula Toller retornou aos palcos em outubro, no Tom Brasil em São Paulo e escolheu Porto Alegre para começar a rodar o Brasil com sua banda. Na última sexta-feira (03), a cantora mostrou um setlist robusto com clássicos do pop brasileiro que marcaram diversas gerações.

A ex-vocalista do Kid Abelha subiu ao palco do Araújo Vianna por volta das 21:20, acompanhada de músicos do naipe de Liminha no violão e Adal Fonseca na bateria (ex-Engenheiros do Hawaií).

Ela fez uma introdução com “I Gotta Feeling”, do Black Eyed Peas para iniciar a apresentação com “Fixação” (Seu Espião, 1985) o primeiro da imensa fileira de hits que ela executou. Logo na sequência veio a primeira da carreira solo: “À Noite Sonhei Contigo”, do álbum ‘SóNós’ de 2007. “Fórmula do Amor” e “Lágrimas e Chuva” (ambas de Educação Sentimental, 1985) foi a primeira sequência que levantou a plateia das cadeiras para cantar e se balançar.

Outra canção da carreira solo veio com “Oito Anos” (Paula Toller, 1998), composta em homenagem ao seu filho Gabriel. Esta faixa ganhou grande destaque em 2004, quando Adriana Calcanhotto gravou no seu projeto infantil ‘Adriana Partimpim’. Gabriel também assina, com a mãe, a faixa inédita “Eu Amo Brilhar”.

Antes de cantar “Ando Meio Desligado”, ela apresentou Liminha, lendário produtor e arranjador, que tocou neste disco dos Mutantes, de 1970 e produziu/arranjou grande parte de toda a música produzida no boom do rock brasileiro dos anos 80.

Depois disso foi uma artilharia de sucessos até o final do show: “Não Vou Ficar”. de Tim Maia, “No Seu Lugar” (Tudo é Permitido, 1991), “Eu tive um Sonho” (Iê Iê Iê, 1993), “Nada Por Mim” (composta por Paula e Herbert Vianna e gravada inicialmente por Marina Lima, em 1985), “Na Rua, na Chuva, Na Fazenda”, (Hyldon), “Como Eu Quero”, “Alice” e “Pintura Intima”, todas do disco ‘Seu Espião’, de 1985 e finalizou com “Te Amo Pra Sempre” (Meu Mundo Gira em Torno de Você, 1996).

Para quem viveu os anos 80 e 90, o Kid Abelha é essencial em qualquer playlist do rock nacional deste período, já que eles foram expoentes máximos da música pop brasileira da geração oitentista (ao lado de Lulu Santos e dos Patalamas do Sucesso). Em quase duas horas, Paula soube explorar este legado de quarenta anos de carreira nas mais de 20 canções apresentadas aos gaúchos.