Com surpresas e muitos hits no repertório, Bon Jovi encerra terceira noite do Rock In Rio

Foto: Renan Olivetti

O Bon Jovi encerrou a terceira noite do Rock In Rio com um show mais curto do que havia apresentado em 2017, mesmo tendo a mesma base de repertório. Este foi o penúltimo show da ‘This House Is Not for Sale Tour’.  

A turnê divulga seu mais recente álbum, lançado em 2016, mas Bon Jovi optou por não colocar muitas canções novas, apenas “This House Is Not for Sale” e “Roller Coaster” entraram no set. No mais a banda focou em seus hits e baladas.

Canções como “You Give Love a Bad Name”, “Born to Be My Baby”, “Blood On Blood” e “Wanted Dead Or Alive” garantiram a nostalgia e relembraram os anos 80 e 90. Outras, como “Lost Highway” e “Keep the Faith”, passaram despercebidas.

Jon Bon Jovi se entrega de corpo e alma ao público para compensar a falta de voz que o persegue desde o começo da década de 2010. Como prova, em “Lay Your Hands on Me” ele desce do palco e se joga nos braços da galera.  

O vocalista se agarra também em seu charme direcionado ao público feminino, que grita excessivamente. O ápice da relação de Jon com as mulheres é durante a canção “Bed of Roses”, quando ele chama duas fãs para dançar (uma acaba ganhando selinho).

Diferente de 2017, “In These Arms” aparece no setlist e quem canta é o tecladista David Bryan, certamente para dar descanso às cordas vocais de Jon. Aliás, a banda inteira faz a segunda voz em algumas canções, visando tirar o cantor de notas altas. Quem ajuda Jon em “Bad Medicine” é o percussionista Everett Bradley.

O guitarrista Phil X é bem esforçado, mas o Bon Jovi sente muito a falta de Richie Sambora, principalmente na divisão de vocais com Jon. Ao mesmo tempo é incrível ver Tico Torres tocando bateria no ápice de seus 65 anos.

Após a pausa para o bis, a plateia pediu “Always” e a banda finalmente atendeu, levando o público à loucura. Está vontade estava guardada desde 2017, quando os fãs clamaram para tocarem o hit. Devemos reconhecer o enorme esforço que Jon fez para cantar a música.

Na sequência, “Livin’ on a Prayer” encerrou a apresentação, que durou cerca de 2 horas, e foi cantada a plenos pulmões pela Cidade do Rock. Jon Bon Jovi já não havia mais voz para terminar a canção e jogou para o público.

Com toda certeza, o terceiro show do Bon Jovi no Rock In Rio foi melhor do que o 2017, a banda estava mais entrosada e a setlist foi muito bem escolhida. Mesmo com a voz cansada e perdida em algumas vezes, Jon se esforça para agradar.