Exposição A Estranha Xícara, de Luiz Carlos Felizardo estará em cartaz no Instituto Ling

De 20 de novembro de 2018 a 23 de março de 2019Instituto Ling apresenta a exposição A Estranha Xícara, do artista e fotógrafo Luiz Carlos FelizardoPor ocasião da abertura da exposição, na terça-feira, 20 de novembro, às 19ho artista e a curadora Mônica Zielinsky farão uma conversa aberta com o públicoA entrada é franca, por ordem de chegada.

exposição traz 18 fotografias e montagens digitais, realizadas entre os anos de 2011 e 2017, que dão conta de uma transformação na carreira de Felizardo, em que o artista explora tecnologias digitais para compor imagens com novas técnicas e possibilidades criativas. A mostra é composta também por 35 objetos pessoais, como brinquedos que o artista ganhou e peças de seus antepassados.

Felizardo começou a trabalhar nas montagens de A Estranha Xícara em 2011, em razão de uma ataxia que lhe impôs sérias dificuldades motoras. Assim, o ambiente em que vivera por 40 anos – o laboratório fotográfico tradicional – precisou ser deixado para trás e o artista buscou, a partir de então, explorar novos suportes e técnicas para seu trabalho. Para ele, a exposição é uma espécie de homenagem aos objetos de sua história pessoal: “Esses objetos conviveram comigo por muitos anos – alguns pela vida inteira, alguns bem mais velhos do que eu mesmo. De alguma forma, todos eles estiveram e estão presentes em tudo o que fiz e faço. Fotografá-los foi a maneira que encontrei de prestar-lhes uma homenagem, dando-lhes o uso que não têm quando estão limitados a espiar-nos”, escreve em seu texto (leia na íntegra aqui: https://goo.gl/ou3Bi2)O título da mostra refere-se ao poema Cerâmica (1962), de Carlos Drummond de Andrade: Os cacos da vida, colados, formam uma estranha xícara./ Sem uso, /  ela nos espia do aparador. Para o artista, o conjunto de imagens que resultou na exposição contém essa ideia.

Para a curadora Mônica Zielinsky, Felizardo revela aptidão para retrabalhar as próprias imagens e fazer uma instigante reconfiguração dos sentidos dos objetos ou lugares do passadorealizando uma generosa transformação que aponta novas realidades, composições e reconstruções: “O artista traz à luz diversas sutilezas de sua inegável memória afetiva de todos os tempos e, simultaneamente, ressonâncias que tangenciam um sutil veio de reverberação cultural. Entre os ágeis fluxos do passado ao presente ou do presente ao passado, esses trabalhos se fundamentam em distintos regimes de historicidade ao permitirem, também, pensar o futuro“, afirma em seu texto curatorial (leia na íntegra aqui:https://goo.gl/ou3Bi2).

A exposição é organizada pelo Instituto Ling com patrocínio da Fitesa Nãotecidos SA e financiamento do Pró-cultura RS / LIC – Lei de Incentivo à Cultura, Governo do Estado do Rio Grande do Sul.

Serviço

Exposição A Estranha Xícara

Artista: Luiz Carlos Felizardo

Curadoria: Mônica Zielinsky

Abertura: 20 de novembro, às 19h. Na ocasião, o artista e a curadora farão uma conversa aberta ao público sobre a exposição

Período de visitação: de 20 de novembro de 2018 a 23 de março de 2019

Local: Galeria do Instituto Ling

Horário: de segunda a sexta, das 10h30min às 22h e sábados, das 10h30min às 20h

Entrada Franca

Agendamento grupos e escolas: solicitações pelo email educativo@institutoling.org.br ou pelo fone (51) 3533-5700

https://www.institutoling.org.br/index.php/exposicoes/a-estranha-xicara-exposic-o-de-luiz-carlos-felizardo.html

 Instituto Ling – Rua João Caetano, 440 | Bairro Três Figueiras | Porto Alegre

Fone: 51 3533-5700 | Email: instituto.ling@institutoling.org.br

Sobre o artista

Luiz Carlos Felizardo (Porto Alegre, 1949) cursou Arquitetura na UFRGS entre 1968 e 1972, quando passou a dedicar-se exclusivamente à fotografia. Participou de mostras coletivas e individuais no Brasil, na América Latina, nos EUA e na Europa, dentre as quais destacam-seSignos de la Bienal (Síria, Tunísia e Argélia), Missões 300 Anos — A Visão do Artista (Brasília, São Paulo e Porto Alegre); La Fotografía Iberoamericana (Madrid), Fotografía Brasileña: Historia y Contemporaneidad (Cali, Colômbia – curadoria de Frederico Morais), Jogo do Olhar (MASP), Brasilianische Fotografie 1946-1998 (Kunstmuseum Wolfsburg, Alemanha / Fundação António Cupertino de Miranda,  Porto, Portugal – curadoria de Rubens Fernandes Junior), Percurso de um olhar (UFRGS). Em 2008, recebeu a Bolsa de Incentivo à Criação da FUNARTE para desenvolvimento de seu projeto Querência. Como bolsista da Comissão Fulbright (1984/1985), trabalhou sob supervisão de Frederick Sommer (1905-1999) em Prescott, Arizona, EUA.

Escreveu os livros O Relógio de Ver e IMAGO. Em 2011, foi publicado A Fotografia de Luiz Carlos Felizardo e realizada a exposição retrospectiva de sua obra no Santander Cultural, no Fotograma de Montevidéu (Uruguai) e em Fortaleza (2012).

Sobre a curadora

Mônica Zielinsky é professora do Programa de Pós-graduação em Artes Visuais do Instituto de Artes da UFRGSFez doutorado em Artes Plásticas e Ciências da Arte na Universidade de Paris I – Panthéon-Sorbonne (1998) e foi coordenadora do projeto de catalogação da obra de Iberê Camargo e do Setor de Catalogação e Pesquisa na Fundação Iberê Camargo (2001-2015). Ela realizou diversas curadorias no Brasil e no exterior, como A gravura de Iberê Camargo em expansão, no Instituto Tomie Ohtake (São Paulo, 2007); a exposição inaugural da Fundação Iberê Camargo, Iberê Camargo-Moderno no Limite, 1914-1994, em coautoria (Porto Alegre, 2008); Lugares Desdobrados (Porto Alegre, 2008);Quero Outros Espaços – A obra de Heloisa Schneiders da Silva, no Museu de Arte do Rio Grande do Sul (Porto Alegre, 2009); Les Cyclistes et d’autres variations, no Museu de Belas-Artes de Bordeaux (França, 2005); entre outras. Suas principais publicações são: Fronteiras: arte, crítica e outros ensaios (UFRGS, 2003), Iberê Camargo – Catálogo Raisonné de gravuras (CosacNaify, 2006), Heloisa Schneiders da Silva – obra e escritos (MARGS, 2010) e o texto L’historiographie de l’art brésilien, à la recherche de sa place na Revista Perspective 2013-2, do Institut National d’Histoire de l’Art (Paris, França), entre outras.

Ficha técnica

Identidade Visual: Adriana Tazima

Produção Executiva: Laura Cogo

Organização: Instituto Ling

Realização: Pró-cultura RS / LIC – Lei de Incentivo à Cultura, Governo do Estado do Rio Grande do Sul

Patrocínio: Fitesa Nãotecidos SA

Sobre o Instituto Ling

Criado e mantido pela família Ling desde 1995, o Instituto Ling é uma instituição sem fins lucrativos voltada para a transformação da sociedade através da educação e da cultura.

O Instituto Ling atua em três segmentos: Educação, Cultura e Saúde. Sua missão é promover o desenvolvimento humano e a evolução da sociedade através da disseminação de diferentes formas do conhecimento, da liberdade de pensamento, da valorização da cultura e da saúde. A abertura de seu Centro Cultural em Porto Alegre, no ano de 2014, ampliou e solidificou a atuação do Instituto, firmando-o como centro de referência na disseminação do conhecimento e do livre- pensar, fomentador da educação de excelência em seus múltiplos formatos e provedor de serviços e produtos culturais diferenciados, com elevado padrão de qualidade e estética.

Na área da saúde, o Instituto Ling estabeleceu parceria com o Hospital Moinhos de Vento, em 2015, para a implantação de um centro de referência no tratamento do câncer em Porto Alegre.

A família Ling, mantenedora do Instituto, é proprietária da “holding company” Évora. O grupo empresarial produz e comercializa latas de alumínio para bebidas, não-tecidos de polipropileno (usados principalmente na produção de descartáveis higiênicos) e tampas plásticas para bebidas e produtos de higiene e beleza.

www.institutoling.org.br

Endereço: Rua João Caetano, 440 | Bairro Três Figueiras | Porto Alegre

 

Por: Adriana Martorano