Fernanda Copatti apresenta: Pra Bailarina Que Eu Não Fui – Uma História Musical

Foto: Heloísa Medeiros

O mundo de hoje não permite colocarmos em lados opostos a delicadeza da dançarina vestindo trajes cor-de-rosa e a impetuosidade da mulher que se expõe sensualmente em uma lingerie. Até porque, elas podem ser uma só, e tantas outras também. Nesse cenário atual e de empoderamento feminino, uma bailarina, multifacetada e segura, vai do papel de boa moça ao de sedutora guiada pela graça de seus movimentos. Ainda que, entre passos certos e errados, possa tropeçar em algumas incertezas. Dando voz a essas personalidades distintas de um mesmo ser está a cantora Fernada Copatti, que protagoniza o espetáculo Pra Bailarina que Eu Não Fui, atração da Segunda Maluca em 12 de dezembro, às 22h, no Opinião (José do Patrocínio, 834). Será o segundo ato do projeto, apresentado pela primeira e única vez em abril deste ano.

Foto: Heloísa Medeiros
Foto: Heloísa Medeiros

Na peça, a vocalista narra o ballet de encontros e desencontros da bailarina que precisa se autodescobrir e reencontrar o próprio coração para voltar a amar. A produção, de verve inquieta como a de sua idealizadora, é dividida em quatro atos e reúne música, projeção, teatro e dança em um trabalho colaborativo. A parceria reúne nomes importantes de diferentes segmentos artísticos, como a compositora Duda Brack, a diretora Patrícia Monegatto, a bailarina Didi Pedone e a editora de vídeos Bruna Abubakir.

O ESPETÁCULO

Incubado há mais de dois anos entre os pensamentos desassossegados de Fernanda Copatti (cantora, compositora, poeta e agitadora cultural), a empreitada começou a ganhar forma em janeiro de 2016. Logo após confirmar a data de estreia  – que ocorreu no bar Ocidente – com o produtor local Márcio Ventura (Rei Magro), Fernanda deu início à pré-produção da história multiartística que tinha em mente. Para colocar o iniciativa em prática, ela teve de administrar um cotidiano atribulado de produção, concepção, roteirização, ensaios e sessões de foto e filmagens.

“É um espetáculo catártico. Consegui colocar nele muito de mim, daquilo que amo e daquilo que odeio. Estou me entregando, tirando de mim e deixando para a personagem viver o que é contado. Certamente, a bailarina que eu não fui me transformou na mulher que eu sou hoje”, afirma Fernanda, entusiasmada com o novo trabalho.

O enredo foca na trajetória de uma bailarina cansada da rotina profissional. Mesmo insatisfeita, ela vai levando a vida, até que um acontecimento a faz perder o sono de verdade: seu coração é roubado. A partir desse momento, a personagem entra em um processo de ‘desbailarinização’ para tentar recuperar um sentimento perdido.

“A bailarina representa, metaforicamente, o lado mais marginal da nossa sociedade. Ela vai tocando em pontos nevrálgicos como o feminismo, a dissuasão de gênero e sexualidade, as discriminações sejam por cor ou comportamento e com graça e sem pedir licença, ela vai tirando tudo do lugar” destaca Fernanda.

O espetáculo é dividido em quatro atos. No primeiro, a protagonista se apresenta e percebe que teve o coração roubado. No segundo, ela fica perdida e vai para rua cantar seus desamores. No terceiro, a bailarina, que não costuma beber, enche a cara em um meretrício, assume uma postura clownesca e resolve encontrar alguém. Para a parte final, Fernanda instiga: “Gente, o ato final é só para os que têm coragem de descobrir quem será o amor da bailarina”.

A trilha sonora que serve de base para o espetáculo conta com 17 temas escritos por compositores de várias partes do Brasil que são amigos de Fernanda. Há, também, releituras de nomes como Tom Jobim, Jorge Mautner, Caetano Veloso, Leandro e Leonardo, Toquinho, entre outros).

FERNANDA COPATTI

Cantante desde que se conhece por gente, Fernanda fez canto lírico dos 14 aos 21 anos. Hoje, apesar de compor, define-se como uma intérprete que adora soltar a voz em temas que lhe toquem a alma, independentemente da autoria. Sua influência é calcada em artistas nacionais, como Elis Regina, Tom Jobim, Gal Costa, Chico Buarque e Caetano Veloso. Em 2009, lançou seu primeiro EP, autointitulado e com quatro músicas, produzido por Duda Fortuna e Cau Neto (tecladista da banda Papas da Língua).

O registro foi bem recebido pela crítica e ajudou Fernanda a ser descoberta por Tico Santa Cruz. O vocalista do Detonautas Roque Clube convidou a artista para ir ao Rio de Janeiro participar de um sarau via web, que já teve participações de Leo Jaime, Dudu Nobre e Roberto Frejat (Barão Vermelho). Foi o primeiro passo para a gaúcha estreitar sua relação com a cidade maravilhosa, onde morou por algum tempo e conseguiu inserção no meio musical.

Em 2013, saiu o segundo EP, Ensaio Geral – Os Primeiros Passos da Bailarina, que teve produção de Donatinho (filho do músico João Donato). O material foi gravado no estúdio Audio Rebel e teve como banda de apoio Kassin e Guilherme Monteiro (que hoje toca com a Gal) nas guitarras, Alberto Continentino no baixo e Stephane Sanjuan na bateria. Em 2014, o trabalho foi lançado em plataformas digitais e serviu como prelúdio para o espetáculo Pra Bailarina que Eu Não Fui.

 

Segunda Maluca apresenta:

Fernanda Copatti: Pra Bailarina Que Eu Não Fui – Uma História Musical

QUANDO: 12 de dezembro de 2016.

22 horas (cerveja em dobro até 23 horas)

Discotecagem: DJ Jamaica

ONDE: Opinião – Rua José do Patrocínio 834 – Cidade Baixa – Porto Alegre/RS

INFORMAÇÕES:  www.reimagroproducoes.com / www.opiniao.com.br

 Ingressos:

Lote promocional*: R$ 25,00 (até as 21 horas da noite do show. Comprando  nos pontos de venda).

* Este é um valor reduzido, por meio de promoção. Disponível por tempo limitado. Este ingresso pode ser utilizado por qualquer pessoa.

Inteira: R$ 40,00

Meia entrada: R$ 20,00

NO LOCAL:

Inteira: R$ 40,00

Meia entrada: R$ 20,00

Para o benefício da meia entrada, é necessária a apresentação da carteira de estudante na entrada do show.

 

Pontos de venda:

Bilheteria oficial (sem taxa de conveniência)

Youcom Bourbon Wallig

 

Demais pontos de venda (sujeito à cobrança  de taxa de conveniência):

– Youcom Shopping Praia de Belas, Bourbon Ipiranga e Barra Shopping Sul;

– Multisom Andradas, 1001; Canoas Shopping; Bourbon Novo Hamburgo e Bourbon São Leopoldo.

Online: http://minhaentrada.com.br

 

 

Por: Marcio Ventura