POA Jazz Festival anuncia as datas de sua terceira edição e novidades para este ano

Além dos três dias de festival, o projeto também promoverá dois eventos com programação paralela: o POA JAZZ CONTINUUM e o POA JAZZ JAM

Com curadoria do produtor e compositor Carlos Badia, a terceira edição do POA JAZZ FESTIVAL já está com as datas confirmadas. O evento vai acontecer nos dias 21, 22 e 23 de outubro no Centro de Eventos do BarraShoppingSul reunindo nove atrações de renome internacional que serão divulgadas em breve. “O projeto nasceu com a vocação de ser abrangente e com múltiplos desdobramentos. Da educação às mostras de música, dos debates aos merchandisings da marca, dos concursos (de fotografias e música) às parcerias com outros festivais”, explica Badia.

Uma das grandes novidades deste ano é que o projeto terá uma programação paralela intensa. A série POA JAZZ CONTINUUM está realizando concertos especiais na Capital, como o já apresentado pelo israelense Omer Avital, e o encontro de Rodolfo Stroeter, André Mehmari, Nailor Proveta e Tutty Moreno, grandes feras da música brasileira que estarão no Instituto Ling nesta sexta-feira, com ingressos já esgotados. No dia 22 de setembro, o mesmo espaço receberá show do americano Maurice John Vaughn, que vem ao Brasil pela primeira vez para mostrar todo seu R&B e blues.

Outro desdobramento do festival inicia neste mês, baseado em uma das mais conhecidas características do gênero: as jam sessions. O POA JAZZ JAM promoverá quatro encontros diferentes no Sgt. Peppers reunindo músicos da cena local, nacional e internacional em momentos de muita descontração, improviso e informalidade. O projeto funciona assim: a cada noite, o trio permanente formado por Everson Vargas (baixo), Luís Henrique “New” (piano) e Zé Montenegro (bateria) recebe convidados para canjas no palco. Na primeira edição, marcada para 14 de setembro, já estão garantidas as presenças dos músicos Hique Gomez, Pedro Tagliani, Dudu Sperb, Dunia Elias, Ronaldo Pereira e Denise Fontoura, além de outras surpresas que podem surgir. As próximas sessões acontecerão em 12 de outubro, 16 de novembro e 7 de dezembro, com convidados que ainda serão anunciados.

A origem do termo jam é controversa. Pode vir do inglês, que significa geleia – em alusão à mistura de estilos que esta prática proporciona e, para alguns, pode vir das inicias da expressão jazz after midnight (jazz depois da meia-noite), já que muitas destas sessões aconteciam quando os músicos se encontravam em alguma casa noturna após outros shows para improvisar e tocar juntos. No Brasil, o hábito também ficou conhecido como “canja”, para designar momentos em que músicos são convidados a tocar com a banda da casa para improvisar algumas músicas ou, na linguagem popular, “dar uma canja”.

O POA JAZZ JAM pretende fazer justamente essa mistura, reunindo o trio base de grandes músicos gaúchos e convidados especiais para fazer improvisos com temas clássicos do gênero e da música instrumental brasileira. Com a escolha adequada do Sgt. Peppers, bar criado para a boa audição de música, o evento busca reviver um pouco o espírito da lendária Sala Jazz Tom Jobim que nos anos 80 foi uma referência de jazz. A iniciativa quer manter a tradição de músicos e grupos de outros estados ou países que, quando estavam na cidade, “esticavam” seus momentos após o show na Sala Jazz, dando continuidade ao espírito de compartilhamento, diversão e arte que a junção de músicos proporciona para eles e também para o público.