Saiba como foi a reabertura das salas de cinema na França

Foto: Thomas Coex/AFP

Esta segunda-feira (22) foi vivida como um dia de festa por cinéfilos franceses. Depois de mais de três meses fechadas, as salas de cinema da França foram autorizadas a reabrir e algumas sessões foram organizadas desde a meia-noite, com fila na porta. Essa terceira etapa de flexibilização da quarentena no país inclui ainda a reabertura de cassinos, ginásios esportivos, piscinas públicas, colônias de férias e o retorno às aulas de todos os alunos da educação infantil e do ensino fundamental.

Os cinéfilos franceses estavam impacientes e a iniciativa de algumas salas de cinema de reabrir no primeiro minuto desta segunda-feira foi coroada de sucesso. Os espectadores que reservaram lugar na sessão programada à 00h01 do cinema 5 Caumartin, em Paris, tiveram direito a uma recepção VIP e pipoca grátis. O clima era de festa entre os 120 espectadores que foram assistir em pré-estreia a comédia francesa “Les Parfums“, de Grégory Montel.

Quando soube que teria uma sessão à meia-noite para festejar a reabertura, reservei imediatamente. É muito tarde para mim, mas vai deixar uma boa lembrança após essas semanas difíceis

declarou Loriane, que assistiu ao filme ao lado de uma amiga.

Logo pela manhã, já havia fila em frente aos cinemas da capital, antes da reabertura oficial. “Estava esperando por isso há semanas. Vou ver qualquer filme“, afimrou Édourad Feinstein, de 52 anos.

A grande maioria das 2.000 salas de cinema do país reabriram nesta segunda (22). O público terá que respeitar novas regras sanitárias previstas pela Federação Nacional de Cinemas Franceses (FNCF). Álcool em gel, portas abertas, uso de máscaras obrigatório para os funcionários, cadeiras vazias entre cada espectador, sessões em horários alternados para evitar que as pessoas se cruzem, venda de ingressos preferencial pela internet e desinfecção frequente das salas: tudo foi feito para tranquilizar o público.

Inicialmente, havia a obrigação de se limitar a 50% a capacidade das salas, mas o ministério da Cultura anunciou neste domingo (21) que a medida não era mais obrigatória. Os profissionais do setor estão confiantes que a frequentação irá voltar rapidamente ao normal e “felizes de ver que o cinema fez falta aos franceses“, disse David Scantamburlo, diretor de marketing do grupo CGR.

Segundo uma pesquisa do instituto Médiamétrie, publicada na quarta-feira (17), 18,7 milhões de franceses informaram ter intenção de ir ao cinema nas próximas quatro semanas. Mas a crise provocada pela quarentena foi imensa e o futuro é incerto. A FNCF estima que o setor perdeu 60 milhões de ingressos entre o início de março e junho, o equivalente a um prejuízo de € 400 milhões.

Com informações do portal RFI