Estudar música deixa as crianças mais atentas e menos ociosas

Dar um instrumento musical na mão do seu filho ajuda a estimular o desenvolvimento neurológico dele. Estudar música melhora as funções executivas do cérebro, responsáveis por habilidades como memória, controle da atenção, organização e planejamento do futuro.

Especialistas constataram que o treinamento musical aumenta a espessura de uma área nobre do cérebro, o córtex, responsável também pelo controle das emoções. “O estudo dos instrumentos leva o ser humano ao nível mais complexo de concentração do cérebro, que é a atenção executiva. É preciso ter foco e disciplina para aprender a ler partituras e marcar o tempo”, explica a pesquisadora Elvira Souza Lima, especialista em neurociência e música.

A atividade pode começar a partir dos quatro anos, quando a criança já é capaz de fazer movimentos mais sutis com as mãos. “Esse aprendizado modifica fisicamente o cérebro, principalmente quando ocorre antes dos sete anos, e os ganhos se mantêm por toda a vida, mesmo que a criança pare de tocar o instrumento depois”, diz Elvira, frisando que o contato com  a música, ainda que apenas como ouvinte, tem um grande impacto no desenvolvimento humano e prepara o cérebro para executar diferentes tipos de funções.

Música ajuda no tratamento contra hipertensão arterial

Um estudo desenvolvido por universidades de dois continentes, mostra que  a música aumenta a capacidade de absorção do remédio usado no tratamento de pessoas com pressão alta. A pesquisa foi conduzida em conjunto por pesquisadores da Faculdade de Juazeiro do Norte, da Faculdade de Medicina do ABC e da Oxford Brookes University, na Inglaterra.

Metodologia de pesquisa

A análise identificou os benefícios da eficácia da música em 37 pacientes que estavam em tratamento. O grupo de pessoas que participaram da pesquisa foram avaliadas durante dois dias. No primeiro, logo após ingerir a medicação, elas escutaram música durante uma hora. No segundo, os remédios eram administrados, mas nenhum som foi tocado. A partir daí, os pesquisadores conseguiram constatar uma relação entre a música e a hipertensão arterial, conforme afirma o professor coordenador do Departamento de Fonoaudiologia da UnespVitor Engrácia Valenti.

Ao longo do experimento, os pacientes escutaram versões instrumentais das cantoras pop Adele e Enya“Pensamos nessas músicas, pois ela são mais popularmente aceitas”, comentou Valenti. O grupo tem pesquisado os efeitos da música sobre o coração desde 2012. Nos experimentos anteriores, os cientistas usaram música erudita.

Para averiguar os efeitos da música nos pacientes submetidos ao estudo, os pesquisadores usaram o método da variabilidade da frequência cardíaca, que apresenta melhor precisão e mais sensibilidade para avaliar as alterações no coração. Entre os efeitos observados, a equipe constatou a desaceleração dos batimentos e a redução da pressão arterial.

Conclusão

Além de melhorar a qualidade nos resultados dos tratamentos em pacientes cardíacos ou hipertensos, Valenti acredita que a música pode se tornar uma importante aliada para prevenir o desenvolvimento da doença em pessoas com essa propensão.

Com base em tudo que foi escrito acima, nós recomendamos: Pessoas que sofrem com hipertensão arterial devem incluir a música como uma das formas de tratamento. Por suas vezes, os propensos à doença devem usar a música como uma das formas de profilaxia.

 

Por: soescola e cifraclub