Redes de Leitura debate a democratização do acesso à leitura na Feira do Livro de Porto Alegre

O Redes de Leitura – Bibliotecas Comunitárias de Porto Alegre leva à 64ª Feira do Livro da capital a aula pública “O Direito Humanizador do Acesso à Leitura”, que correrá neste sábado, às 10h, no Teatro Carlos Urbim. No encontro, serão discutidas experiências capazes de democratizar o acesso à leitura.

A aula pública será ministrada por mulheres que atuam de movimentos e ações ligados à democratização da leitura. São elas: Mara Esteves (LiteraSampa – São Paulo/SP), Maria Chocolate (Tecendo uma Rede de Leituras – Duque de Caxias/RJ), Priscila Macedo e Viviane Peixoto (Redes de Leitura – Bibliotecas Comunitárias de Porto Alegre/RS).

De acordo com Priscila Macedo, a importância do evento está em refletir o acesso à leitura como um direito básico do ser humano. “Quando temos acesso à leitura, conseguimos pensar a respeito de todos nossos direitos e deveres como cidadão”, comenta. Para finalizar o encontro, haverá uma intervenção artística de Slams, que são campeonatos de poesia onde os participantes apresentam suas poesias sem utilização de acompanhamento musical. Não há regras sobre o formato da poesia e, no sábado, não será competição.

Conheça as palestrantes

Mara Esteves é formada em Letras, atua como educadora popular, mediadora de leitura e produtora cultural no segmento da livro, da leitura e de literatura. É integrante da coletiva Achadouras de Histórias, coletiva responsável pela Biblioteca Comunitária Djeanne Firmino, localizada na zona sul de São Paulo. Atua como articuladora da Rede de Bibliotecas Comunitárias LiteraSampa e é membro da Rede Nacional de Bibliotecas Comunitárias.

Priscila Macedo, estudante de biblioteconomia, coordenadora e mediadora de leitura na Biblioteca Comunitária Girassol, integrante da Rede Nacional de Bibliotecas Comunitárias (RNBC).Viviane Peixoto é técnica em enfermagem, fundadora, coordenadora e mediadora de leitura na Biblioteca Comunitária do Arvoredo. Ambas participam do Redes de Leitura – Bibliotecas Comunitárias de Porto Alegre.

Redes de Leitura – Bibliotecas Comunitárias de Porto Alegre

O Redes de Leitura – Bibliotecas Comunitárias de Porto Alegre foi criado em 2008, numa iniciativa à época da ONG Cirandar. Surgiu com a intenção de promover a leitura como um direito social, através do fortalecimento coletivo de bibliotecas comunitárias situadas em associações comunitárias e instituições sociais nas comunidades de periferia de Porto Alegre.

De 2010 a 2015, integrou a rede de pólos de leitura do Programa Prazer em Ler do Instituto C&A. Em conjunto, diversas organizações buscaram articular redes de apoio e incentivo, oferecendo melhores condições de atendimento nas bibliotecas comunitárias, estimulando o prazer da leitura, compartilhando saberes e implementando novas práticas de leitura.

Durante este período, a rede de bibliotecas foi uma das organizações que ajudou a construir um novo conceito de biblioteca comunitária com atendimento aos parceiros locais, malas de leitura, presença de escritores, diálogo com diferentes linguagens artísticas e formação de mediadores: bibliotecas vivas, coloridas e com acervo de qualidade.

Entre 2010 e 2012 foi uma das organizações que esteve à frente da luta pela implementação do Plano Municipal do Livro e Leitura de Porto Alegre, organizando debates e participando ativamente da sua construção. Desde 2012 integra o Conselho Municipal do Livro e Leitura da cidade, contribuindo para o controle social dos investimentos na área do livro e leitura.

Hoje, a rede possui a seguinte composição: Biblioteca Comunitária Aninha Peixoto, Biblioteca Comunitária do Arvoredo, Biblioteca Comunitária Ceprimoteca, Biblioteca Girassol, Biblioteca Comunitária Visão Periférica e o Espaço Multicultural Livros sobre Trilhos.

Anualmente, são mais de nove mil pessoas frequentando as ações culturais; 9,5 mil livros emprestados em 2018, 800 mediações de leitura realizadas, 12.170 leitores cadastrados em nossas bibliotecas até o momento e uma comunidade a ser atingida de 509 mil pessoas.