No domingo, 14 de outubro, a Fundação Iberê Camargo traz duas sessões do Cine Iberê, uma delas dedicada às crianças. Com curadoria de Marta Biavaschi, as sessões do Cine Iberê integram as atividades do Programa Educativo e as exposições Caixa Preta e Iberê Camargo: formas em movimento.
Ás 15h, será exibido em sessão espacial o premiado filme de animação Contos da Noite, de Michel Ocelot, com projeção dublada. O filme – que recebeu o Prêmio Henri-Langlois em 2011 – conta a de uma menina, um menino e um velho técnico se reúnem todas as noites em um pequeno cinema. Embora o lugar pareça abandonado, ele é cheio de magia. Os três amigos pesquisam, inventam, desenham e se vestem como diversos personagens, a cada noite, encenam uma história, uma fantasia. Há bruxas e fadas, reis poderosos, lobisomens, belas e cruéis mulheres, catedrais e cabanas de palha, cidades de ouro e florestas escuras. Eles se sentem vivendo uma noite mágica em que tudo é possível.Para assistir ao trailer acesse: https://vimeo.com/68221584
Michel Ocelot nasceu em 1943 na Côte d’Azur, França, mas passou a infância em Guiné, oeste da África. Considerado um mestre da animação, Ocelot elabora os roteiros de seus filmes a partir de referências estéticas e narrativas dos contos tradicionais de diversas culturas, buscando valorizar as diferenças étnicas, religiosas e culturais. Seus filmes trazem o universo de príncipes, princesas, fadas, feiticeiras e o famoso menino africano Kirikou. Formou-se em Artes na École régionale des Beaux-Arts, em Angers, na École Nationale Supérieure des Arts Décoratifs, em Paris, e no California Institute of the Arts, em Los Angeles, e iniciou-se na animação fazendo curtas-metragens e séries de TV. Mas foi o seu primeiro longa-metragem, Kirikou e a Feiticeira (1998) que o tornou conhecido do grande público. O filme conquistou diversos prêmios, entre os quais o Grand Prix em Annecy. Ocelot dirigiu também os longas: Príncipes e Princesas (2000), Kirikou e os Animais Selvagens (2005) e As Aventuras de Azur e Asmar (2006).
Às 17h, outra sessão do Cine Iberê acontece, dessa vez destinada a todos os públicos: a exibição documentário Sobre Sete Ondas Verdes Espumantes, de Bruno Spolidoro e Cacá Nazário, umroadmovie poético construído através da vida e obra do poeta, dramaturgo e escritor Caio Fernando Abreu (1948-1996). A sessão única será comentada por Cacá Nazário e a astróloga Graça Medeiros, amiga de Caio F. No filme, as cidades que testemunharam a vida breve de Caio – Santiago, Amsterdã, Berlim, Colônia, Paris, Londres, Porto Alegre e São Paulo – são revisitadas e recobertas de fragmentos de suas obras e lembranças de seus amigos, como Maria Adelaide Amaral, Grace Gianoukas e Adriana Calcanhoto. Para assistir ao trailer acesse: https://vimeo.com/87435846.
Os cadernos de astrologia e objetos holísticos de Caio Fernando Abreu podem ser vistos na exposição Caixa Preta, em cartaz na Fundação Iberê Camargo.
Bruno Polidoro é graduado em Realização Audiovisual e Mestre em Comunicação pela Unisinos.. Diretor de fotografia dos longas Dromedário no Asfalto (2013), de Gilson Vargas, Filme sobre um Bom Fim (2014), de Boca Migotto, Nós duas descendo a escada (2015), de Fabiano de Souza, Bio (2017), de Carlos Gerbase e Glauco do Brasil (2017), de Zeca Brito. Premiado em festivais nacionais pela fotografia de alguns curtas como Casa Afogada (2013), de Gilson Vargas, Linda, uma história horrível(2013), de Bruno Gularte Barreto, Domingo de Marta (2014), de Gabriela Bervian e Horas (2016), de Boca Migotto. Para a televisão, fotografou diversas séries, entre elas O Ninho (2015), de Filipe Matzembacher e Marcio Reolon. Em videoarte, foi o fotógrafo de Dádiva – casaporarroz (2014), de Nuno Ramos, entre outros vídeos com e sobre artistas visuais. É sócio da produtora Besouro Filmes e professor do Curso de Realização Audiovisual da Unisinos e da Fluxo – Escola de Fotografia Expandida.
Cacá Nazário é diretor e produtor gaúcho. Começou sua carreira nos anos 90 e dirigiu curtas e médias. Em 2002 ganhou o prêmio de melhor curta 16mm na Mostra Nacional do Festival de Gramado e melhor montagem no Festival de Brasília em 2003 com o curta Justiça Infinita. Em 2013 estreou no festival É Tudo Verdade seu primeiro longa-metragem Sobre Sete Ondas Verdes Espumantes, codirigido com Bruno Polidoro. Secundas, seu projeto mais recente, ganhou o prêmio de melhor curta-metragem gaúcho no Festival de Cinema de Gramado em 2017 e foi selecionado a Mostra de Tiradentes, para o festival francês Cinélatino e para etapa Nacional da Mostra SESC de Cinema. Atualmente desenvolve o projeto Chami, selecionado no PRODAV 05 – Desenvolvimento de Projetos.
Graça Medeiros é astróloga. Estudou filosofia e comunicação na UFRGS, Astrologia com Emma Costet de Mascheville, em Porto Alegre, e com Charles Emerson e Diana Rosemberg, em Nova York. Atualmente, vive no Rio de Janeiro. Por sua militância política, Graça foi perseguida pela ditadura militar no Brasil, razão pela qual exilou-se em Berlim no ano de 1969. Viveu intensamente a contracultura dos anos 60 e 70. Amiga do escritor Caio Fernando Abreu, em seu conto Garopaba Mon Amour, Caio refere-se à Graça quando estiveram juntos em um acampamento na Praia de Garopaba, em 1975, e onde foram detidos pela polícia: o regime ditatorial deflagrou uma dura campanha “contra os jovens de colar no pescoço e cabelos compridos”, em 1970.
A Fundação Iberê Camargo tem o patrocínio de Itaú, Grupo GPS, IBM, Oleoplan, Agibank, BTG Pactual, Banrisul e apoio SLC Agrícola, Sulgás e DLL Group, com realização e financiamento do Ministério da Cultura / Governo Federal. Hotel oficial: Ibis Styles Porto Alegre. Serviços de tradução: Traduzca. Patrocinador do projeto Iberê nas Praças: Corsan – Companhia Riograndense de Saneamento.
Serviço – Cine Iberê
Domingo, 14 de outubro
Às 15h – Cine Iberê especial crianças – Contos da Noite, de Michel Oncelot (84min 2011, França) | projeção do filme em versão dublada | Entrada franca por ordem de chegada | Classificação indicativa: livre | Local: Auditório
Às 17h – Cine Iberê – Sobre Sete Ondas Verdes Espumantes, de Bruno Spolidoro e Cacá Názário(74 min, 2013, Brasil). Sessão única e comentada por Cacá Nazário e Graça Medeiros | Entrada franca por ordem de chegada | Classificação indicativa: livre | Local: Auditório
Endereço: Fundação Iberê Camargo – Avenida Padre Cacique, 2000
Visitação: das 14h às 19h (último acesso às 18h45min).
ENTRADA FRANCA
Exposições em cartaz
Iberê Camargo: formas em movimento
Artista: Iberê Camargo
Curadoria: equipes do Acervo e Programa Educativo
Local: 3º e 4º andares
Período de exibição: de 18 de agosto de 2018 a 6 de janeiro de 2019 – EXPOSIÇÃO PRORROGADA
Classificação indicativa: Livre
De 18 de agosto a 7 de outubro, a exposição Iberê Camargo: formas em movimento reúne obras do artista e apresenta um recorte panorâmico de sua produção por meio de eixos temáticos que acompanham sua trajetória, desde seus desenhos de criança até as obras mais expressionistas dos anos 1980 e 1990. Organizada pelo Acervo em conjunto com o Programa Educativo da Fundação, a mostra traz cerca de 80 obras – muitas delas expostas na Fundação pela primeira vez – quedemonstram a versatilidade e de Iberê e a potência de sua obra. Apoiada em um amplo projeto educativo – que estabelece uma concepção expandida de curadoria, alicerçada em uma dinâmica colaborativa e interativa – a exposição permite que o público dialogue com o espaço expositivo, que será transformado em ateliê. Está prevista uma intensa programação de atividades paralelas, como oficinas, seminários e cursos com diferentes linguagens e diferentes idades e propostas, Serão duas ou mais atividades por dia aos finais de semana, que contemplam crianças, adolescentes, adultos e famílias. Para saber mais, acesse o presskit: https://goo.gl/ek6Q12
Caixa Preta
Artistas: Alfi Vivern | Augusto de Campos e Julio Plaza | Caio Fernando Abreu | Carlos Augusto Lima | Carlos Fajardo | Carlos Zilio | Chelpa Ferro | Daniel Jacoby | Daniel Nasser | Dirnei Prates | Eliseu Visconti | Fabiana Faleiros | Fernando Corona | Eva e Franco Mattes | Frederico Filippi | Gabriela Greeb e Mário Ramiro | Gilberto Perin | Guilherme Peters e Roberto Winter | Iberê Camargo | Jac Leirner | Jeronimus Van Diest | Jordi Burch | José Marchand Assumpção | Kevin Simón Mancera | Letícia Lopes | Manabu Mabe | Marília Garcia | Mauro Restiffe | Nuno Ramos | Oscar Niemeyer | Pedro Motta | Pedro Victor Brandão | Rafael Borges Amaral | Regina Parra | Rodrigo Matheus | Runo Lagomarsino | Telmo Lanes e Rogério Nazari | Waltercio Caldas | Wilfredo Prieto
Curadoria: Bernardo José de Souza, Eduardo Sterzi, Fernanda Brenner e Veronica Stigger
Local: 2º andar
Período de exibição: de 18 de agosto a 28 de outubro de 2018 – EXPOSIÇÃO PRORROGADA
Classificação indicativa: Livre
Com curadoria de Bernardo José de Souza, Eduardo Sterzi, Fernanda Brenner e Veronica Stigger, a coletiva Caixa Preta apresenta, de 18 de agosto a 14 de outubro, obras de cerca de 40 artistas – entre fotógrafos, poetas, arquitetos, cineastas e artistas visuais – como Augusto de Campos, Júlio Plaza, Carlos Fajardo, Eliseu Visconti, Chelpa Ferro, Iberê Camargo, Manabu Mabe, Mauro Restiffe, Nuno Ramos, Oscar Niemeyer e Waltercio Caldas. Usando como metáfora a caixa-preta dos aviões – que registram importantes informações que antecedem um momento crítico, ao mesmo tempo em que guardam outras informações banais –, a exposição reflete sobre a relação entre arte e mundo, entre algumas obras de arte e o atual momento político do país e do mundo, mas também entre essas obras e o sistema das artes. Dessa forma, a exposição reúne “caixas-pretas” muito singulares, a serem localizadas, abertas, interpretadas e reinterpretadas. Os curadores pesquisaram e investigaram diversas coleções e acervos, públicos, privados e pessoais, na busca por elementos sem visibilidade, de interesse relativo ou simplesmente esquecidos, no intuito de aprofundar questões presentes nas muitas “caixas-pretas” com as quais convivemos, sejam elas de teor histórico, acadêmico ou artístico.
A exposição conta com uma série de atividades paralelas, como o Seminário Sobre acidentes e caixas-pretas do passado, do presente e do futuro, em que historiadores, engenheiros, filósofos e outros especialistas analisam as relações entre arte, política, ciência e história. Para saber mais, acesse o presskit: https://goo.gl/ogHjJq.
Sobre a Fundação Iberê Camargo
A Fundação Iberê Camargo é uma instituição privada sem fins lucrativos, criada em 1995, a partir de um desejo do próprio artista e sua esposa, Maria Coussirat Camargo, e com o apoio de amigos e empresários de Porto Alegre.
Há 22 anos, a Fundação desenvolve ações culturais e educativas com a missão de preservar o acervo, promover o estudo, a divulgação da obra de Iberê Camargo e estimular a interação de seu público com arte, cultura e educação, por meio de programas interdisciplinares. Seu acervo é formado por um núcleo documental, composto de documentos e imagens relacionadas à vida e à obra do artista, e um núcleo com a coleção Maria Coussirat Camargo, que inclui pinturas, gravuras, guaches, desenhos e estudos de Iberê Camargo, obras que o casal acumulou durante a vida.
Por: Adriana Martorano