Thirty Seconds to Mars mostra seus hits e leva fãs à loucura em Porto Alegre

Foto: Gustavo Garbino / No Palco

Depois de cinco passagens pelo Brasil, foi a vez do Thirty Seconds to Mars estrear em Porto Alegre, na noite deste sábado (29). O público, estimado em 5 mil pessoas, recebeu os irmãos Jared e Shannon Leto de braços abertos em um Pepsi On Stage quente, com os termômetros marcando 30°.

Os irmãos Leto, acompanhados pelo guitarrista Stevie Aiello, subiram no palco às 21 horas, em ponto. Depois da intro da Monolith Tour, o painel led gigantesco deu um contraste de cores e surgiu Jared para cantar “Up in the Air”, sucesso do disco ‘Love, Lust, Faith and Dreams’ lançado em 2013. Depois vieram dois hits, “Kings and Queens” e “This is War”, ambos do disco ‘This Is War’, lançado em 2009, durante a performance desta última música uma linda chuva de balões coloriu o Pepsi.

A primeira canção do disco ‘America’, lançado em abril deste ano e que é a razão para esta turnê, foi o single “Dangerous Night”. Pouco conhecida pelo público mais ‘antigo’ da banda, a música foi acompanhada somente pelos fãs mais atualizados. Mas quem estava se sentindo um pouco excluído, logo veio outra canção dos velhos tempos, “From Yesterday”, do álbum ‘A Beautiful Lie’ (2005).

Há uma certa diferença quando o trio toca as músicas mais antigas e as mais novas. Assim como “This Is War” tem um acorde de guitarra marcante, “Hail to the Victor” é pura eletrônica. Essa é prova de que o ‘America’ é um álbum muito mais pop do que os outros. Enfim, vamos para o show.

De volta ao disco ‘Love, Lust, Faith and Dreams’, o trio puxou a belíssima “City of Angels”. Seguiu na medida e mandou “Rescue Me”, está com direito a cinco fãs no palco dançando a convite de Jared, e “Hurricane”. Depois foi a vez de Shannon assumir os vocais com “Remedy”, para um baterista, que é ofuscado o tempo todo pelo brilho e looks da Gucci de Jared Leto, até que ele canta bem.

Foto: Gustavo Garbino / No Palco

Após a revelação de Shannon nos vocais, veio o momento mais esperado da apresentação: a hora de cantar “The Kill (Bury Me)” com todo o fôlego possível. E dito e feito, a canção do disco ‘A Beautiful Lie’ foi cantada por todos os cantos do Pepsi On Stage.

Walk On Water”, um dos singles do ‘America’, é a canção com o refrão mais chiclete, desde os sucessos anteriores. A prova é que essa foi a única música recente cantada por todo mundo, pelo menos o refrão. Para encerrar a apresentação, Jared chamou alguns fãs para o palco e cantou “Closer To The Edge” encerrando a apresentação com 1 hora e 20 minutos de duração.

Houve gente/fã que saiu reclamando do tempo de apresentação, um dos argumentos era que pagou quase R$ 1.000 para estar ali e não teve nem um bis. Justo, esta reclamação, o tempo de show é um diferencial.

Mas também há elogios, Jared Leto sabe controlar muito bem seu público. Ele cativa, anda de um lado para o outro, dá seus giros 360°, levanta a galera e exige muito dos refrões “ôôôôôhhhh”, coisa corriqueira em apresentações como do Coldplay e U2. Mesmo gripado ele manteve a voz que acostumamos ouvir em discos e DVDs do 30STM.

Resumindo, o show do Thirty Seconds to Mars é enérgico, bem feito, participativo e lembra uma arena de futebol com bandeiras e o famoso coro de torcida, “ôôôôôhhhh”. Pena que é tão curto.

Foto: Gustavo Garbino / No Palco