Lollapalooza 2018: Pearl Jam convida Perry Farrell e faz show épico

Foto: Camila Cara/MRossi

O Pearl Jam encerrou o segundo dia do Lollapalooza, neste sábado (24), com um show épico para mais de 80 mil pessoas, no Autódromo de Interlagos. A banda tocou por cerca de 2h30 e apostou em diversos sucessos para manter a atenção do público.

Depois de uma introdução com música clássica, Eddie Vedder e companhia subiram ao palco e tocaram “Wash“, seguida por “Corduroy” e “Do The Evolution“. O primeiro contato do vocalista com a plateia foi antes de “Why Go“. “Boa noite. É uma benção estar aqui com essa galera incrível. São tantas bandas legais, obrigado Perry Farrell, por ter inventado o Lolla!” – disse Vedder em português.

Antes de tocar o novo single, “Can’t Deny Me“, Eddie Vedder lembrou dos protestos, chamados de ‘March of our Lives’, que estão acontecendo nos Estados Unidos contra o livre porte de arma. “Quer se sentir poderoso? Pegue uma guitarra e liga no amplificador” – questionou o vocalista. Em seguida tocou um dos maiores sucessos da banda, “Even Flow“.

Um dos momentos mais marcantes da apresentação foi logo após “Even Flow”. Eddie pegou sua ‘cola’ e leu em português: “Mais cedo eu falei do grande Perry Farrell. E o aniversário dele está chegando, como ele fez esta festa para todos nós, acho que deveríamos fazer uma pra ele“. Então Vedder chamou o criado do Lolla e vocalista do Jane’s Addiction para cantar “Mountain Song“. Encontro marcante.

Quem também ganhou uma homenagem foi David Byrne, que havia se apresentado mais cedo no festival sob o olhar de Vedder. Eles tocaram “Pulled Up“, do Talking Heads (antiga banda de Byrne).

Sirens” foi dedicada à uma família brasileira — “Vamos dedicar essa música a uma família muito especial. Sandra e Paulo, sua nova bebê Tainá e o grande Kauê.” Depois vieram grandes sucessos como “Better Man“, “Black“, “Jeremy” e “Porch” encerrando a primeira parte do show.

Alguns lados B da discografia da banda também estiveram no setlist, como “Breath“, “Down“, “Hold On” e “Once“.

Na volta pro bis, Eddie Vedder puxou um pouco o ‘saco’ do país e disse que fizemos o Brasil ser a capital mundial do rock n’ roll — “Parabéns e obrigado por nos convidar de volta, amamos vocês” – completou o vocalista.

Esta segunda parte do show foi para arrebentar com as cordas vocais do público. Primeiro teve “Smile“, depois veio o cover arrebatador de “Comfortably Numb“, do Pink Floyd. A clássica “Alive” serviu para terminar de vez com a voz do público e do Eddie Vedder. Teve outro cover, desta vez de “Baba O’Riley“, do The Who. E como de costume, “Yellow Ledbetter” encerrou a apresentação.

Foi um show memorável, incrível e um dos melhores que já passou pela edição brasileira do Lolla. Eddie Vedder muito inspirado em cima do palco, desceu para ir até a galera, distribui doses de vinhos para os fãs, pegou bandeira do Brasil e ainda fez um baita esforço para falar em português. Os músicos Stone Gossard, Jeff Ament, Mike McCready, Matt Cameron e Boom Gasper também foram essenciais como sempre.

Outro destaque é o novo cenário do palco, atrás dos instrumentos tem uma estrutura que parecem ser de sucatas. Os refletores são rotários e criar várias formas no decorrer da apresentação. Parece que essa turnê vai longe e esperamos que não demore para voltar ao Brasil.

Vida longa ao Pearl Jam!