Tuia, Tavito, Guarabyra e Ricardo Vignini apresentam Encontro de Gerações do Folk e Rock Rural

As diferentes gerações fazem show no dia 8/11 no Teatro do CIEE. Novo nome expoente do folk brasileiro, Tuia convida os renomados Guarabyra – da dupla Sá & Guarabyra -, Tavito – do Clube da Esquina – e Ricardo Vignini para o show inédito “Encontro das gerações do folk rock rural”. A reunião será no próximo dia 8/11, às 21h, no Teatro do CIEE em Porto Alegre. A noite contará também com as participações especiais de Bebeto Alves, Gustavo Telles, Alpargatos e Naddo Pontes.

O espetáculo traz grandes canções dos artistas e clássicos que serão apresentados com uma roupagem especial, mais intimista, mostrando a qualidade da grande obra dos artistas, tais como Casa no Campo, Rua Ramalhete (Tavito), Sobradinho, Espanhola (Sá e Guarabyra), O Céu, Pote azul (Tuia) e também duetos como Flor com Tuia e Guarabyra , Vermelho coração com Tuia e Tavito. Ricardo Vignini traz músicas como Topada de seu repertório instrumental de viola.

Tavito, Zé Rodrix, Sá e Guarabyra foram precursores do estilo Folk Rock Rural no Brasil na década de 70, um movimento pioneiro que uniu o folk e o rock com sons regionais nacionais, marcando presença ao longo do tempo nas vozes de Renato Teixeira, Zé Geraldo, entre outros. O estilo continua forte no cenário musical atual, com novos expoentes como Tuia e Ricardo Vignini, que dão continuidade ao legado desse estilo.

SERVIÇO:

Encontro das Gerações do Folk e Rock Rural

Data: 8/11

Horário: 21h

Local: Teatro do CIEE

  1. Dom Pedro II, 861 – Higienópolis – Porto Alegre

Telefone: (51) 3363-111

 

Ingressos:

De R$50 a R$100

*Desconto de 50% para Clube do Assinante ZH

Pontos de Venda

Multisom – Shopping Bourbon Ipiranga

Multisom Andradas 1001

Multisom – Shopping Total

Online: https://www.sympla.com.br/encontro-das-geracoes-do-folk-e-rock-rural__187528

 

Sobre os artistas:

TAVITO

Músico, compositor, arranjador, produtor de discos e publicitário, nascido e criado na gema de Belo Horizonte, fruto de ideias, amigos e canções de Minas, mudou-se para o Rio em 1968, na correnteza poética do amigo Vinícius de Moraes. Tavito se destacou primeiramente como guitarrista/violeiro do grupo “Som Imaginário”, juntamente com Zé Rodrix, Robertinho Silva, Wagner Tiso, Luiz Alves, Naná Vasconcellos e Fredera. Essa moçada foi convocada para acompanhar um noviço Mílton Nascimento com seu nascente Clube de Esquina, cheio de bons mineiros e sonhos por toda parte. Com o Som Imaginário gravou três LPs. Em 1971 compôs com Zé Rodrix a canção “Casa no Campo”, imortalizada na voz de Elis Regina. Em 1973, transferiu-se para São Paulo, onde passou a se dedicar à criação de jingles e trilhas publicitárias. Só mais tarde – em 1979 – gravou para a CBS o primeiro de cinco discos-solo, onde homenageava os Beatles e sua cidade natal, com a canção “Rua Ramalhete”, eleita recentemente a Trilha Sonora Oficial de Belo Horizonte.

GUARABYRA

Nascido na região do Vale do São Francisco, interior da Bahia, transferiu-se, em 1966, para o Rio de Janeiro. Lá iniciou a carreira artística em 1967, ao lado de Luiz Carlos Sá e Sidney Miller, no espetáculo de inauguração do Teatro Casa Grande. No final daquele ano, participou do II Festival Internacional da Canção, promovido pela TV Globo, vencendo a fase nacional com a canção “Margarida”, inspirada em uma cantiga de roda e interpretada por ele próprio, acompanhado pelo Grupo Manifesto. Contratado pela TV Tupi do Rio de Janeiro, foi responsável pela produção musical dos programas “Bibi ao vivo” e “Blota Jr.”.

Em 1969, no Festival de Música de Juiz de Fora, sua canção “Casaco marrom” (composta em parceria com Renato Correa e Danilo Caymmi), e interpretada por Evinha) foi classificada em 1º lugar . Em 1971, formou, com Luiz Carlos Sá e Zé Rodrix, o trio Sá, Rodrix e Guarabyra, com o qual gravou os LPs “Passado, presente e futuro”(1971) e “Terra” (1972).Em 1972, foi premiado, juntamente com Luis Carlos Sá, pela autoria do jingle “Só tem amor quem tem amor pra dar”, produzido para a campanha publicitária da Pepsi-Cola. A partir de 1973, com o desligamento de Zé Rodrix do trio, passou a atuar em dupla com Luiz Carlos Sá com o nome de Sá e Guarabyra. Depois de 26 anos, com a volta de Zé Rodrix, a dupla se tornou novamente um trio cuja reestreia aconteceu no Rock in Rio III, em 2001. O trio foi contratado pela gravadora Som Livre e lançou o CD e DVD Outra vez na Estrada – ao vivo. Em 2009, pouco antes do falecimento de Zé Rodrix, o trio lançou seu último trabalho, Amanhã (Roupa Nova Music).

TUIA

Cantor e compositor, vindo do Vale do Paraíba – interior de São Paulo – Tuia despontou nos anos 90 com a banda Dotô Jéka. Surgida em 1993, com uma proposta ousada e inovadora de misturar rock com música caipira, a banda DOTÔ JÉKA se destacou pela sua originalidade. Seu primeiro trabalho, que contou com o mesmo produtor dos RAIMUNDOS, foi lançado pela gravadora VIRGIN/EMI. Após várias apresentações em programas como: XUXA HITS, JÔ SOARES ONZE E MEIA , PROGRAMA LIVRE, entre outros, alcançou os primeiros lugares nas rádios do interior de São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Nordeste. A versão de ROMARIA de Renato Teixeira (que participou do CD) e acabou ganhando também um clipe na MTV com diversas matérias na imprensa escrita, em destaque a revista BILLBOARD americana. Em 2011 lançou seu primeiro trabalho solo em CD/DVD “Tuia ao vivo” que ficou entre os 20 mais vendidos pela Tratore (distribuidora independente), tendo destaque a música “O CÉU” nas rádios do Nordeste e Minas Gerais. Veio em 2013 o disco de estúdio “Jardim Invisível”, que trazia uma versão mais intimista e leve do seu folk rock e fez com que Tuia conseguisse fazer uma turnê nacional com êxito, de maneira independente, nos moldes da canção estradeira de Renato Teixeira “Amanheceu peguei a viola enfiei na sacola e fui viajar…”

Agora 2016 Tuia lança seu novo disco “Reverso Folk” (pela primeira vez distribuído por uma grande gravadora a Sony music). “Reverso” significa uma volta aos textos poéticos a serviço da melodia e esteticamente soa quase como uma “subversão” ao folk tradicional, deixando um pouco de lado o ícone Bob Dylan e trazendo a tona os “mestres” do folk brasileiro como Zé Geraldo em “Ainda a mosca” que traz uma referência “Raul Seixista”, Tavito com “Vermelho coração” mostra o lado mineiro cancioneiro e “Flor” com Guarabyra, convida a todos para uma “nova velha” viagem de volta a estrada dos amores rurais…O primeiro single “A Cor do dia” está na programação da rádio Nova Brasil FM.

RICARDO VIGNINI

Nascido na capital de São Paulo é um dos violeiros mais atuantes do Brasil. É também produtor e pesquisador de cultura popular do sudeste. Gravou cinco CDs ao lado da banda Matuto Moderno e participou dos principais eventos sobre a viola no Brasil. Tem 10 CDs lançados, Integra o duo Moda de Rock com o violeiro Zé Helder, obtendo grande repercussão nacional e internacional, apresentando versões de músicas de Jimi Hendrix, Metallica e Led Zeppelin. Gravou e produziu 3 Cds e um DVD do violeiro Índio Cachoeira. Participou do CD Carbono do Lenine e do seu show no Rock in Rio 2016. É endorser da corda de viola americana D’Addario no Brasil, amplificadores Gato Preto, e violas Rozini. Um 2010 lançou seu primeiro CD solo “Na Zoada do Arame”, Dividiu o palco com artistas americanos como Bob Brozman – turnê brasileira em 2003 – e Woody Mann, em 2006 e 2008. Leciona viola caipira há 18 anos e produz CDs de vários artistas há 10 anos. Apresentou-se nos EUA, Canadá, Europa e América Latina. Entre gravações e apresentações também trabalhou com Lenine, Spok, Liminha, Zé Geraldo, Emmanuele Baldini, Pena Branca, Pepeu Gomes, Kiko Loureiro, André Abujamra, Robertinho de Recife, Ivan Vilela, Os Favoritos da Catira, Pereira da Viola, Carreiro, Levi Ramiro, Andreas Kisser, Matuto Moderno, Paulo Simões. É proprietário do selo Folguedo, dedicado exclusivamente à música de viola.

 

Por: Lizi Cordeiro