Maestro argentino rege a Ospa no Theatro São Pedro

No quarto concerto da Série Theatro São Pedro, a Orquestra Sinfônica de Porto Alegre recebe um convidado inédito. Carlos Vieu, diretor musical da Orquesta Estable del Teatro Argentino de La Plata, vem pela primeira vez a Porto Alegre especialmente para reger a Ospa. No repertório estão obras fundamentais de Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791), Johannes Brahms (1833-1897) e Antoín Dvorák (1841-1904). O evento acontece no dia 28 de abril, terça-feira, às 20h30. Os ingressos custam entre R$ 10 e 40, e já estão à venda na bilheteria do teatro.

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“O repertório, selecionado junto ao maestro Evandro Matté (diretor artístico da Ospa), foi pensado para enriquecer a temporada com literatura musical agradável tanto para o público quanto para os músicos”, comenta Vieu, que tem em seu currículo a direção musical da Orquesta Estable del Teatro Colón de Buenos Aires e a distinção de melhor regente do ano (2005) da Associação de Críticos Musicais da Argentina.

A noite começa com a Abertura de “A Flauta Mágica”, uma das últimas óperas da carreira do austríaco Mozart, concluída poucos meses antes da sua morte. Nela, Mozart seguiu a tradição alemã do Singspiel, com diálogos falados ao invés de recitativos. A Abertura atesta a sua grande habilidade como orquestrador, colocando o ouvinte em um estado de expectativa dramática através de uma rica combinação instrumental.

Na sequência, a orquestra revisita peça de um compositor que utilizou os princípios de Mozart, além dos de Beethoven e Haydn, ressignificando suas estéticas: o alemão Brahms. “Variações sobre um tema de Haydn”, escrita em 1873 a partir da inspiração de parte de uma série de divertimentos para sopros atribuídos a Haydn, abriu caminho para a primeira sinfonia de Brahms, que se tornaria um dos grandes sinfonistas da tradição germânica.

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Para encerrar o programa, a Ospa apresenta a oitava sinfonia de um amigo de Brahms, nascido na no interior da Boêmia, em território atualmente pertencente à República Tcheca. Dvorák, cuja obra apresenta marcas da influência do nacionalismo na música de sua época, inspirou-se em temas populares de sua terra de origem para compor a “Sinfonia nº 8”. A peça foi escrita em 1889, na ocasião da admissão de Dvorák no Conservatório de Praga.

Atualmente, Carlos Vieu é titular da cátedra de regência da Pontificia Universidad Católica Argentina (UCA). Está à frente da orquestra do Teatro Argentino, espaço quase duas décadas mais antigo que o Colón, desde 2013. Os ingressos custam R$ 10 (galeria), R$ 20 (camarote lateral), R$ 30 (camarote central) e R$ 40 (plateia), com desconto de 50% para seniores, estudantes e titulares do cartão Clube do Assinante ZH.