Rock in Rio: Capital Inicial faz showzaço e protesta contra o presidente Temer

Foto: Felipe Ferreira/I Hate Flash

Com um repertório de tudo e mais pouco que já foi feito, como descreveu Dinho Ouro Preto. O Capital Inicial abriu o palco Mundo, neste último dia de Rock in Rio, com um show cheio de pirotecnia e rock n’ roll.

O grupo de Brasília preparou um show especialmente para o festival, já que há poucos meses atrás estavam em turnê com o Acústico. É a quinta vez que a banda se apresenta no Rock in Rio, mas Dinho continua com o frio na barriga. “Não importa quantas vezes nós tocamos aqui, sempre quando piso neste palco me dá um frio na barriga” – disse o vocalista.

O Bem, o Mal e o Indiferente“, do disco Saturno, foi a primeira. Depois veio a mais antiga “Independência“, na sequência “Quatro Vezes Você“, onde a banda se perdeu um pouco, e “Depois da Meia Noite“. Em “Fátima“, música composta por Renato Russo (quando tocava no extinto Aborto Elétrico), Dinho pediu para a galera cantar o refrão, explicando que é fácil de decorar.

Olhos Vermelhos“, que voltou com tudo no disco Acústico NYC, aqueceu a plateia para cantar o hino “Primeiros Erros“, de Kiko Zambianchi e eternizado pelo Capital. “Mulher de Fases“, do Raimundos, colocou os fãs do Offspring pra roda punk.

Em “Veraneio Vascaína” veio o primeiro discurso político do Dinho. Relacionando a letra da música, ele disse que tem haver com a violência que tomou conta do Rio de Janeiro. A plateia respondeu com o grito “Fora Temer”. O vocalista gritou fora todos e pediu para a galera do Rio escolher bem seus representantes em 2018.

Dinho não se conteve, e em “Música Urbana” desceu do palco e foi para a plateia, deixando os seguranças de cabelo em pé. Ele caminhou até o palco B de Jared Leto e de lá cantou o resto da música.

Agora citando uma longa lista de políticos que conspiraram a esperança de todos os brasileiros, e dedicando especialmente para o presidente Michel Temer, chegou “Que País é Esse?“. Música escrita nos anos 80 e que é mais atual do que nunca. No telão também apareceram imagens de vários políticos citados na Lava Jato. Foi um momento incrível, como sempre.

Os hits “Natasha” e “A Sua Maneira” encerraram a apresentação. Que ficou marcada pelos protestos e pela interação da platéia com a banda. Me arrisco a dizer que foi o melhor show, de bandas nacionais, no Palco Mundo.