Na noite de sexta-feira, Samuel Rosa subiu ao palco do Araújo Vianna pela primeira vez em sua carreira solo, apresentando ao público gaúcho as músicas de “Rosa”, seu álbum de estreia pós-Skank. Com uma proposta musical que explora novos territórios, Samuel entregou um show que transitou entre o frescor de suas composições recentes e a nostalgia de sua trajetória na icônica banda mineira.
As novas canções, marcadas por uma sonoridade mais intimista e madura, tiveram dificuldade em cativar completamente o público, que parecia ansioso pelos grandes hits do Skank. E Samuel não decepcionou. Quando sucessos como “Canção Noturna”, “Dois Rios”, “Vou Deixar” e “Saideira” ecoaram pelo auditório, o público respondeu com entusiasmo.
O cantor também surpreendeu ao incluir versões de músicas que ele “queria ter escrito”, como brincou. Clássicos como “Lourinha Bombril”, dos Paralamas do Sucesso, e “Tarde Vazia”, do Ira, ganharam vida em interpretações cheias de personalidade. O ponto alto da noite, no entanto, foi o bis, com uma homenagem especial aos gaúchos: Samuel convidou Marcelo Gross, guitarrista da Cachorro Grande, para dividir o palco em “Sinceramente”, clássico da banda porto-alegrense. A dupla ainda brindou o público com uma versão de “I Saw Her Standing There”, dos Beatles.
Samuel contou com uma banda que respondeu à altura do seu carisma, com técnica e maestria. Marcelo Daí brilhou na bateria; Alexandre Mourão conduziu com precisão o baixo; Doca Rolim trouxe energia nas guitarras; e Pedro Pelotas, conhecido por seu trabalho na Cachorro Grande, enriqueceu o som nos teclados. A poderosa seção de metais com Pedro Aristides, Pedro Motta e Vinicius Augustus adicionou sofisticação e intensidade à apresentação, elevando ainda mais a qualidade do espetáculo.
Para encerrar, “Garota Nacional” levantou o Araújo Vianna em uma catarse coletiva. Samuel prometeu voltar em 2025 e deixou no ar a possibilidade de gravar um projeto audiovisual em Porto Alegre, provocando ainda mais expectativa entre os fãs.
Com uma performance que equilibrou renovação e memória afetiva, Samuel Rosa provou que, mesmo sem o Skank, sua trajetória solo tem muito a oferecer.