Premiado musical A Cor Púrpura ganha curta temporada em Porto Alegre

Crédito da foto: Cyntia Salles/ Divulgação

A Cor Púrpura, O Musical já tem datas confirmadas em Porto Alegre. Sucesso de público e crítica em diversas cidades do país, o espetáculo com versão brasileira do jornalista Artur Xexéo (1951-2021) e direção de Tadeu Aguiar estreou em 2019, fazendo temporadas no Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador, e retomou sua turnê no começo deste ano, após longa pausa causada pela pandemia. Na capital gaúcha, a montagem terá curta temporada de 29 de abril a 1º de maio, no Teatro do Sesi.

A montagem chega à cidade carregando na bagagem as 97 indicações e os 75 prêmios conquistados até agora e com grande estrutura, que inclui 18 atores em cena, 90 figurinos, um palco giratório de 6 metros de diâmetro e uma escada curva com sistema de traveling em volta do cenário. Inspirada no livro homônimo de 1982 que consagrou Alice Walker como a primeira escritora negra a ganhar o Pulitzer, a obra – que também foi adaptada para o cinema em 1985, com direção de Steven Spielberg e 11 indicações ao Oscar – retrata relações humanas de amor, poder e ódio, em um mundo pontuado por estruturais diferenças econômicas, sociais, étnicas e de gênero.

Escrito há mais de 35 anos e vencedor dos prêmios Pulitzer, Grammy e Tony, A Cor Púrpura, O Musical se passa na primeira metade do século XX, na zona rural do Sul dos Estados Unidos, com personagens típicos dessa região. A obra tem texto de Marsha Norman e músicas de Brenda RussellAllee Willis e Stephen Bray.

Em sua versão brasileira, é estrelado por Letícia Soares, que recebeu uma indicação ao Prêmio Shell pelo papel de Celie, o mesmo que rendeu a Whoopi Goldberg sua primeira indicação ao Oscar de melhor atriz no filme. Na adolescência, Celie tem dois filhos de seu suposto pai (Jorge Maya), que a oferece a um fazendeiro local para criar seus herdeiros, entre eles Harpo (Alan Rocha), além de lavar, passar e trabalhar sem remuneração. Ela é tirada à força do convívio de sua irmã caçula Nettie (Merícia Cassiano) e passa a morar com o marido Mister (Sergio Menezes). Enquanto Celie resigna-se ao sofrimento, Sofia (Erika Affonso) e Shug (Flavia Santana) entram em cena, mostrando que há possibilidade de mudanças, novas perspectivas, esperança e até prazer. A saga da personagem é permeada por questões sociais de extrema relevância, como a desigualdade, abuso de poder, racismo, machismo, sexismo e a violência contra a mulher.

Nesta retomada teatral, o elenco, na sua maioria escolhido por testes, permanece praticamente o mesmo. Completam o casting Larissa Noé (Gralha); Suzana Santana (Jarene); Hannah Lima (Doris); Cláudia Noemi (Darlene); Caio Giovani (Grady); Leandro Vieira (Buster); Gabriel Vicente (Bobby); Thór Junior (Pastor); André Sigom (Soldado); Nadjane Pierre (Solista da igreja) e Leo Araújo (Emsemble).

SERVIÇO

  • Quando: 29 e 30 de abril e 1º de maio
  • Onde: Teatro do Sesi (Av. Assis Brasil, 8787)
  • Ingressos: a partir de R$ 75
  • Venda Online: Sympla