Sucesso de público e crítica, espetáculo teatral “Derrota” ficará em cartaz até 13 de julho

Foto: Claudio Etges

Sucesso de público e crítica, o espetáculo Derrota teve a temporada prorrogada por mais duas semanas. Primeiro solo da atriz Liane Venturella, a produção é a primeira montagem brasileira para o monólogo homônimo do do dramaturgo grego Dimítris Dimitriádis. Dirigida por Camila Bauer e coproduzida por dois grupos teatrais – Projeto Gompa e Cia. Incomode-Te , a peça terá novas sessões de 2 a 10 de julho, às sextas-feiras e aos sábados, às 20h, e também nos dias 6 e 13 deste mês, às terças-feiras, às 23h59min. Os ingressos podem ser adquiridos pelo site: www.entreatosdivulga.com.br/derrota 

Concebido e realizado durante a longa temporada de teatros fechados, o espetáculo é um desafio e, ao mesmo tempo, um grande estímulo para a intérprete durante a pandemia. A montagem traz a artista em total cumplicidade com o espectador. Uma proposta sem efeitos visuais e que valoriza uma excelente atriz e um texto riquíssimo. A proximidade gerada ressignifica o “olho no olho” do teatro presencial. Produzido pela Primeira Fila Produções em formato digital, Derrota pesquisa uma nova linguagem – nem teatro, nem filme, uma experiência.

Realizada sem nenhum financiamento público ou privado, essa produção nasceu após a atriz e a diretora terem interrompido temporadas em função das restrições impostas pela quarentena. Em março de 2020, Liane recém havia estreado Palácio do Fim, de Judith Thompson, e Camila, Olga, do Coletivo Gompa. Após meses sem poder dar continuidade aos seus projetos e estudando novas possibilidades, Derrota surge como a busca de um caminho de criação para novos experimentos cênicos.

Escrita no ano 2000, Derrota faz parte da peça teatral Oblívio e mais quatro monólogos, também composta pelos textos Memória, Arrependimento, Arte e Oblívio. Nos anos de 1960, Dimítris Dimitriádis estudou teatro e cinema na Bélgica. Traduziu obras de ícones da dramaturgia, como Jean Genet e Bernard-Marie Koltés. O dramaturgo grego já conquistou diversos prêmios e é apontado como um expoente da cena contemporânea mundial. No Brasil, foi encenado por diretores como Luciano Alabarse (A Vertigem dos Animais Antes do Abate, 2014) e Fernando Kinas (Morro como um país, 2013), da Kiwi Companhia de Teatro.