Espetáculo “Palácio do Fim” está em cartaz, de forma remota, até dia 16 de maio

A encenação de Palácio do Fim, texto escrito pela renomada dramaturga canadense Judith Thompson, representou o novo desafio da Cia. IncomodeTe para a comemoração de 12 anos de atividades artísticas. Com estreia em março de 2020, em razão da crise sanitária do país, o espetáculo teve sua temporada suspensa logo após a primeira semana.

Em maio de 2021, até dia 16, o espetáculo está de volta, de forma remota, com acessibilidade, dentro das comemorações de aniversário da cia. As transmissões acontecem de quarta a domingo, às 20h, no canal da IncomodeTe no YouTube. Os ingressos estão à venda no site EntreAtos.

O desafio desse texto, inspirado em histórias reais, confronta a sociedade moderna sobre as possibilidades humanas durante uma guerra. Palácio do Fim apresenta três textos: ‘Minhas Pirâmides‘ que conta a história da militar americana Lynndie England (Fabiane Severo e Sandra Possani) que ficou internacionalmente conhecida pela mídia por ser a carcereira fotografada ao lado de prisioneiros iraquianos em Abu Ghraib. A segunda cena, Nelson Diniz interpreta David Kelly em ‘Colinas de Horrowdown‘. O inspetor de armas britânico que tornou público, em entrevista à rede BBC, o fato de que as armas de destruição de massas no Iraque simplesmente não existiam. A terceira cena traz a atriz Liane Venturella, no texto ‘Instrumentos de Angústia‘ interpretando Nehrjas Al Saffarh, uma mulher, mãe, e suas memórias durante a Guerra do Golfo (1990-1991).

A trilha sonora original é do premiado músico instrumentalista e compositor, Angelo Primon e a iluminação, de Nara Maia. O artista visual Alexandre Navarro conhecido pelo seu trabalho onde sempre se destaca a fusão entre ficção e realidade, assina a cenografia. O projeto conta ainda com o maravilhoso trabalho da OVNI Acessibilidade Universal com serviço de audiodescrição e intérprete de libras.

Com produção da Primeira Fila Produções e direção de Carlos Ramiro Fensterseifer, Palácio do Fim ressignificou o espaço cênico na montagem presencial, transformando os espectadores em cúmplices de memórias, e o faz novamente nesta montagem remota. Com direção de vídeo de Boca Migotto e edição de Juan Quintáns, o espetáculo remoto traz novamente à cena, esta reflexão humanista sobre as tênues fronteiras éticas, morais e políticas que uma guerra envolve.