Tributo “Caco Velho – O Sambista Infernal” acontece neste sábado em Porto Alegre

Uma das figuras mais emblemáticas da história da música popular, nascido em solo gaúcho e que depois correu o mundo, completaria 100 anos no último mês de março. Caco Velho, um sambista que tem uma significativa importância na construção da cena musical do Rio Grande do Sul e do país recebe uma grande homenagem no show “Caco Velho – O Sambista Infernal” apresentado pela banda Rafa 16 & Caco Velho Ensemble, que acontece neste sábado (13), no palco do Agulha.

Caco Velho foi um sambista gaúcho, autodidata e multi-instrumentista que apesar de toda sua influência na música popular brasileira, não teve ainda o reconhecimento merecido. Tocava pandeiro, contrabaixo, piano e bateria. Foi amigo pessoal de Luiz Gonzaga e uma grande referência para Jackson do Pandeiro. Tocou com Hebe Camargo, Sivuca, Caçulinha, Benito di Paula, entre outros tantos artistas e teve carreira um pouco mais consolidada dor do país. “Barco Negro”, de sua autoria, é até hoje um dos fados com o maior número de gravações em todos os continentes. Além disso, reza a lenda que, ao vê-lo tocar em um hotel na cidade do Rio de Janeiro, Walt Disney se inspirou e criou a personagem Zé Carioca.

Como forma de homenageá-lo e comemorar seu centenário, após uma profunda pesquisa musical, a banda Rafa 16 & Caco Velho Ensemble composta por dez músicos sobe ao palco pela segunda vez – a primeira foi na estreia do projeto no Vila Flores em 2018, para apresentar suas canções. A apresentação traz a pesquisa, arranjos, direção musical, cavaquinho e vocal do músico e compositor, Rafael Dezesseis, acompanhado ainda pelos músicos Gabriel Gorski (guitarra), Brenno di Napoli (baixo), Matheus Kleber (teclado e acordeom), Duda Cunha (bateria), Felipe Santos (percussão), Marquinhos Nunes (percussão), Maria Conceição, Pablo Martins e Melissa Osterlund (backing vocals).

Eu acho que o Caco Velho nunca teve o reconhecimento merecido. Ele tem uma obra riquíssima e, mesmo sendo conterrâneo de Lupicínio, pouca gente ouve falar de suas histórias. Talvez por não seguir aquele estilo de samba mais melancólico, bastante comum na época, as pessoas tenham achado ele brasileiro demais para o seu gosto. E hoje com enorme prazer o reverenciamos e agradecemos por toda sua contribuição”, explicou Rafa.

 

CACO VELHO – O SAMBISTA INFERNAL

  • Quando: 13 de abril, sábado, às 22h
  • Onde: Agulha (Rua Conselheiro Camargo, 300 – São Geraldo)
  • Ingressos: a partir de R$ 15
  • Venda online: Sympla