Coletivo Errática comemora 6 anos de ação no Theatro São Pedro

Foto: Rodrigo Waschburguer

Desejando comemorar junto ao público portalegrense seus 6 anos de pesquisa e criação, o Errática volta a Porto Alegre com 4 espetáculos, sendo 1 inédito, após o circuito nacional Palco Giratório 2018, com a mostra Fluxos: 6 anos de ação do Coletivo Errática no Theatro São Pedro, de 26 a 28 de outubro.

Fluxos apresenta a estreia de seu novo espetáculo “Da dura tarefa de não atirar contra a própria cabeça enquanto o mundo se despedaça à sua volta e parece que a única coisa certa a fazer é algo sem sentido como dançar uma lambada; e você̂ dança.”, além de 3 trabalhos em repertório – “Ramal 340: sobre a migração das sardinhas ou porque as pessoas simplesmente vão embora”“PLUGUE: um desvio imaginativo” e “Alaranjado” -, a realização da oficina “Laboratório de percepção” na PUC.

Com essa mostra, o Errática propõe um pensamento sobre temas importantes do mundo contemporâneo e que se tornaram emergências para o momento vivido pelo Brasil, a diferença como única saída possível para construir modos de viver coletivamente no mundo, a responsabilidade do artista no seu tempo e a necessidade de manter-se vivo, presente e resistindo, sempre.

Fundado em 2012, o Coletivo Errática é um coletivo de teatro e performance gestado no curso de Graduação em Teatro – Licenciatura da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul. Há 6 anos realiza espetáculos teatrais, ações de performance e intervenções. Atuações que são complicadores urbanos, obstáculos para o fluxo da cidade, elementos de estranhamento do cotidiano, desejando estabelecer outras formas de olhar para o teatro, para a cidade e para a vida.

O Errática vem se destacando no cenário das Artes Cênicas do Rio Grande do Sul pela qualidade e inovação de suas produções, as quais receberam importantes prêmios como Açorianos, Tibicuera, Braskem e ATEB/Cenyn e Prêmio Nacional para Cultura de Redes do Ministério da Cultura – estes dois últimos em nível nacional. Em 2018 foi um dos 20 grupos do Brasil convidados pelo SESC a circular pelas principais cidades do país no circuito nacional do Palco Giratório 2018, apresentando os espetáculos Ramal 340: sobre a migração das sardinhas ou porque as pessoas simplesmente vão embora e PLUGUE: um desvio imaginativo em 10 Estados.

Mais sobre o Coletivo Errática: www.coletivoerratica.com.br

 

Foto: Luan Silveira

PROGRAMAÇÃO

26 de outubro

O Quê: Estreia do espetáculo “Da dura tarefa de não atirar contra a própria cabeça enquanto o mundo se despedaça à sua volta e parece que a única coisa certa a fazer é algo sem sentido como dançar uma lambada; e você̂ dança.”

Local: Theatro São Pedro (Praça da Matriz, S/N, Centro Histórico, Porto Alegre)

Horário: 21h

Classificação: 14 anos

Duração: 65 minutos

Vídeo Da Dura Tarefa de Não Atirar Contra a Própria Cabeça: https://www.facebook.com/coletivoerratica/videos/741370579528364/

SINOPSE

“Da dura tarefa de não atirar contra a própria cabeça enquanto o mundo se despedaça à sua volta e parece que a única coisa certa a fazer é algo sem sentido como dançar uma lambada; e você dança” é uma apropriação de “A Gaivota”, de Anton Tchekhov, em um dispositivo-gaivota que desloca os personagens e a narrativa tchekhovianos buscando ecoar seus sentidos num Brasil que passa por um processo tortuoso de desagregação. O que fazer enquanto o mundo se despedaça à sua volta? Quando a possibilidade de diálogo se esvazia? O que há no horizonte? Não há respostas, apenas perguntas lançadas em direção ao passado, ao presente, ao teatro e a Tchekhov.

“A Gaivota” foi escrita por Anton Tchekhov no final do século XIX, numa Rússia em franco processo de transformação social. Segundo o autor, uma comédia com pouca ação, muita discussão sobre literatura e toneladas de amor, que começa forte e termina pianíssimo. O texto tece uma narrativa de desejos não efetivados em relação à arte, ao teatro, ao amor, à vida, de personagens incapazes de compreender completamente seu destino, mas que não cessam de buscar algum sentido para suas existências.

FICHA TÉCNICA

Direção: Francisco Gick; Dramaturgia: Francisco Gick a partir de “A Gaivota” de Anton Tchekhov; Elenco: Claudio Loimil, Diogo Rigo, Guega Peixoto, Gustavo Dienstmann, Jezebel De Carli, João Pedro Decarli, Mani Torres e Nina Picoli; Cenografia: Guega Peixoto e Francisco Gick; Figurino: Gustavo Dienstmann; Iluminação: Carol Zimmer; Sistema de Sensores: Paula Pinheiro; Trilha Sonora: Vitório Azevedo; Cenotécnica: Daniel Fetter; Produção: Guega Peixoto; Realização: Coletivo Errática.

27 de outubro

O quê: Espetáculo “Ramal 340: sobre a migração das sardinhas ou porque as pessoas simplesmente vão embora.”

Local: Theatro São Pedro (Praça da Matriz, S/N, Centro Histórico, Porto Alegre)

Horário: 21h

Classificação: 16 anos

Duração: 1h20min

Teaser Ramal 340: https://youtu.be/d7giTofWMWk

SINOPSE

“Ramal 340” trama seis histórias envolvendo pessoas espalhadas no espaço e no tempo do mundo, pessoas ligadas pelo movimento, pelo desejo, pela falta ou simplesmente pela completa incompreensão sobre a própria experiência. “Nada se fixa, as coisas simplesmente passam umas pelas outras e acontecem pequenos choques, faíscas”, diz uma atriz, logo no começo. Um homem espera pelo pai na plataforma da estação de trem, outro arruma as malas enquanto sua mulher desarruma as malas, outra mulher não dorme por causa de um sonho e ainda outra segue para o outro lado do mundo atrás de alguém que lhe escreveu uma carta. Tudo acontece enquanto um homem caminha sem parar atrás da filha e outro foge atormentado por uma imagem de trinta anos atrás. Histórias que se encontram, dobram-se umas sobre as outras e se multiplicam compondo uma narrativa de como a vida se transforma completa e inesperadamente e, de repente, você se vê num aeroporto ou rodoviária ou estação de trem, com uma mala na mão, esperando… uma história sobre um mundo onde lugares, lados e identidades estão em constante desfazimento-fazimento.

Em 2018, “Ramal 340” faz a circulação nacional do 21º Palco Giratório – circuito nacional de artes cênicas promovido pelo SESC – passando por 9 estados brasileiros.

PRÊMIOS

Prêmio ATEB/Cenym de Teatro Nacional 2017: Melhor Direção de Arte para Rodrigo Shalako; Melhor Qualidade Técnica; Melhores Efeitos Sonoros para Jezebel De Carli e Josué Flach. Prêmio Olhares sobre a cena 2017:

Melhor Espetáculo, Melhor Direção, Melhor Dramaturgia, Melhor Iluminação, Melhor Cenografia e Melhor Fotografia de Cena. 12° Prêmio Braskem Em Cena (2017): Melhor Direção para Jezebel De Carli. Prêmio Açorianos de Teatro 2016: Melhor Espetáculo; Melhor Cenário para Rodrigo Shalako; Melhor Figurino para Gustavo Dienstmann.

FICHA TÉCNICA

Direção: Jezebel De Carli; Dramaturgia: Francisco Gick; Elenco: Diogo Rigo, Francisco Gick, Guega Peixoto, Gustavo Dienstmann, Mani Torres, Nina Picoli; Cenografia: Rodrigo Shalako;Figurino e Adereços: Gustavo Dienstmann; Maquiagem: Gustavo Dienstmann; Iluminação: Lucca Simas e Bruna Immich; Trilha Sonora Original: Josué Flach; Trilha Sonora Pesquisada:Jezebel De Carli; Identidade Visual: Didi Jucá; Material Gráfico: Francisco Gick, Luan Silveira; Registro Fotográfico: Adriana Marchiori, Mayara Lima Breitembach; Direção de Produção: Guega Peixoto; Produção Executiva: Guega Peixoto, Francisco Gick; Realização: Coletivo Errática.

28 de outubro

O quê: Espetáculo infantil PLUGUE: um desvio imaginativo

Local: Theatro São Pedro (Praça da Matriz, S/N, Centro Histórico, Porto Alegre)

Horário: 16h

Classificação: Livre

Duração: 50 minutos

Teaser PLUGUE: https://youtu.be/M_HVdekeUgM

“PLUGUE” é o primeiro projeto de teatro para crianças do Coletivo Errática, uma investigação sobre possíveis conexões entre nossas inquietações sobre teatro, infância, mundo.

Uma história que começa, assim, esquisita e acaba não terminando. Quase como se se perdesse no caminho. Caminho entre lá e cá, entre pequeno, grande e de volta. Uma história que quando chega no fim desaparece, como uma mensagem naqueles filmes de agente secreto, e quem lembrou, lembrou, e quem esqueceu… não tem problema, a gente inventa outra, porque é uma história que a gente faz junto. E certamente tem pé e tem cabeça. E tem joelho, braço e coração. Ah! E polvo, não me pergunte como.

Em 2018, o PLUGUE integra a circulação nacional do 21º Palco Giratório, circuito nacional de artes cênicas promovido pelo SESC.

PRÊMIOS

Prêmio Tibicuera de Teatro Infanto-juvenil 2017: Melhor Ator Coadjuvante para Gustavo Dienstmann; Melhor Cenário para Margarida Rache; Melhor Iluminação para Lucca Simas e Bruna Immich.

FICHA TÉCNICA

Direção: Jezebel De Carli; Assistência de Direção: Arlete Cunha; Dramaturgia: Francisco Gick; Elenco: Diogo Rigo, Guega Peixoto, Gustavo Dienstmann e Nina Picoli; Iluminação: Lucca Simas e Bruna Immich; Cenografia e Figurino: Margarida Rache; Criação Audiovisual: Rodolfo Ruscheinsky e Mauricio Casiraghi; Trilha Sonora Original e Preparação Musical: Beto Chedid; Programação Visual: Sandro Ka; Orientação Pedagógica: Paulo Fochi; Assessoria de Imprensa: Liane Strapazzon; Fotografia de Cena: Adriana Marchiori; Fotografia de Divulgação:Francisco Gick; Direção de Produção: Guega Peixoto; Produção Executiva: Francisco Gick; Realização: Coletivo Errática.

28 de outubro

O quê: Espetáculo Alaranjado

Local: Estacionamento Multipalco Eva Sopher (Praça da Matriz, S/N, Centro Histórico, Porto Alegre)

Horário: 20h

Classificação: 14 anos

Duração: 50 minutos

Alaranjado: https://www.facebook.com/oiaquemveiopafestatartarugaeseco/

SINOPSE

Dois bufões que nada tem para compartilhar, a não ser suas próprias vidas e a maneira como vivem elas, na medida em que sabem e podem, mas também procuram motivos para rir, pouco ou nunca derramam lágrimas, apesar do muito que tem para contar. Seco, Tartaruga, sua equipe, um lugar de onde não se consegue sair, tudo branco e muito branco e mais e mais e mais do mesmo, aqueles que eles chamam de equipe, e barulho e fuga, ou tentativa, enquanto tudo desmorona, exceto o que se chama amizade, mas é mais que isso, e fogo, o esperado inesperado que talvez, constante inconstante queima todo o indesejado. E fim.

FICHA TÉCNICA

Dramaturgia, Direção e Elenco: João Pedro Decarli e Nina Picoli; Orientação: Jezebel De Carli; Orientação de Bufão: Ana Luiza Bergmann; Iluminação: Bathista Freire; Cenografia: Rodrigo Shalako; Cenotécnica: Daniel Fetter; Figurino: Gustavo Dienstmann; Fotos: Rodrigo Waschburger; Material Gráfico: Luan Silveira; Direção de Produção: Nina Picoli; Produção Executiva: Ana Luiza Bergmann; Realização: Coletivo Errática.

INGRESSOS

 Bilheteria do Theatro São Pedro

Plateia: R$ 30,00

Camarote Central: R$ 20,00

Camarote Lateral: R$ 15,00

Galerias: R$ 10,00

50% para associados da AATSP (ingressos limitados)

50% para estudantes, jovens de baixa renda e pessoas com deficiência (40% da lotação)

50% para idosos

50% para classe artística

50% para estudantes da Casa de Teatro de Porto Alegre portando carteira da instituição

Mais informações: (51) 3227 5100 / 3227 5300.

Ingressos antecipados

Da Dura Tarefa: https://vendas.teatrosaopedro.com.br/da-dura-tarefa-de-nao-atirar-contra-a-propria-cabeca-26

Ramal 340:  http://vendas.teatrosaopedro.com.br/ramal-340-sobre-a-migracao-das-sardinhas-ou-porque-as-pessoas-simplesmente-vao-embora

Plugue: http://vendas.teatrosaopedro.com.br/plugue-um-desvio-imaginativo-28

Alaranjado: https://vendas.teatrosaopedro.com.br/alaranjado

Apoio: Casa de Teatro de Porto Alegre e Theatro São Pedro

 

Por: Liane Strapzzon