Exposição “Mosaicografia” reúne trabalhos de aproximadamente 200 fotógrafos de todo o mundo

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Oceanário de Lisboa: Foto de Bruno-Alencastro

 

Mais de 400 fotos dispostas em 20 painéis de nove metros cada vão compor a exposição Mosaicografia, que será apresentada no Largo Glênio Peres, no Centro Histórico da capital gaúcha, de 9 a 20 de novembro. O projeto reúne fotógrafos de diversas partes do Brasil e do mundo, e pretende tornar a fotografia mais acessível ao público. Esse foi o motivo da escolha do local onde a exposição será realizada, onde circulam mais de 200 mil pessoas diariamente. Como acontece ao ar livre, a Mosaicografia pode ser conferida a qualquer momento do dia, ficando aberta à visitação 24 horas.

A proposta da mostra é reunir o trabalho de fotógrafos conceituados com a nova geração de profissionais e amadores. Foram selecionados 165 fotógrafos de 13 países e 14 estados brasileiros, além de mais de 20 convidados. No total, serão expostas imagens de 190 fotógrafos. Entre os participantes estão Bruno Alencastro (Porto Alegre, Brasil), J. Pedro Martins (Vila do Conde, Portugal), Dody Kusuma (Jacarta, Indonésia), Jorge Diehl (Brasília, Brasil), Fernando Bueno (Porto Alegre, Brasil), e Grégoire Korganow (França).


Alguns dos nomes que participam da Mosaicografia 2016

Bruno Alencastro (Porto Alegre, RS, Brasil)
Uma das fotos que apresenta foi feita no Oceanário de Lisboa (Portugal). Alencastro é fotógrafo do jornal Zero Hora e professor na Unisinos. Além do fotojornalismo, desenvolve projetos fotográficos documentais e diversas exposições coletivas.

J. Pedro Martins (Vila do Conde, Portugal)
Apresenta três fotos com o título “Banho Santo”. Em São Bartolomeu do Mar, em Portugal, há uma lenda do século XIX que diz que em 24 de agosto o diabo anda à solta e só volta ao mar quando anoitece. É esse o motivo para banhar as crianças durante o dia, para que aproveitem as águas “puras”, curando-se de muitos males como a epilepsia, a gagueira e o medo.

Dody Kusuma (Jacarta, Indonésia)
A foto mostra uma atividade que é parte da festa após a colheita dos campos de arroz, na Sumatra Ocidental (Indonésia).
Dody Kusuma ganhou o NatGeo Traveler Contest 2013.

Jorge Diehl (Brasília, Brasil)
Uma de suas fotos é “Santa Ceia Goiana”, feita em Pirenópolis (GO), durante a tradicional Festa das Cavalhadas, realizada há quase 200 anos.

Sérgio Jorge (São Paulo, Brasil)
Tem um acervo de 60 mil fotografias onde documentou as transformações sociais, culturais e políticas do país. Foi o primeiro fotógrafo a ganhar o Prêmio Esso de Fotojornalismo em 1961. Registrou imagens que estão na história da fotografia brasileira, como a construção da rodovia Belém-Brasília, a moda de Denner e Clodovil, as primeiras corridas no Autódromo de Interlagos, a inauguração de Brasília e a demarcação territorial brasileira no Polo Sul.

Fernando Bueno (Porto Alegre, Brasil)
Fotografa desde 1972. Premiado no Brasil e exterior, tem publicações em revistas nacionais e estrangeiras, além de trabalho catalogado no Musée Français de La Photographie de Paris. Integra também a Coleção Pirelli/Masp. Em 2002, iniciou o projeto Canela Workshops na serra gaúcha que, anualmente, reúne fotógrafos do Brasil e do exterior. Bueno possui vários livros publicados, entre eles “Pau Brasil”, “Futebol, A Paixão do Brasil” e “Maracanã 60 Anos”.

Fernando Ricardo (Portugal)
Fotojornalista desde 1970, trabalhou para Agência Gamma, Associated Press e France Press. Fotografou guerras na África e no Oriente Médio. Acompanhou mais de vinte viagens do Papa João Paulo II, além de jogos olímpicos, mundiais de futebol e prêmios de Fórmula 1. Tem fotos publicadas pela imprensa mundial, como o New York Times, Paris Match, El País, Der Spiegel e Washington Post, entre outros.

Grégoire Korganow (França)
Começou a trabalhar como fotojornalista em 1991. Atualmente, se dedica ao trabalho autoral já apresentado na Maison Européenne de la Photographie, Trienal de Milão, Centro de Arte de Pequim e Museu de Belas Artes de Chongquing (China). Nesse ano, apresentou a série “Pai e Filho”, na França, e foi convidado para expor no Brasil e na China. Lançou os livros “Pais e Filhos”, “Patagônia, História do Fim do Mundo”, “Prisões 67065” e “Eu Estava Morto”. O centro do seu trabalho é o corpo, seus estigmas e transformações sociais.

 

Fonte: Aliança Francesa de Porto Alegre