Carolinne Caramão faz show na Villa Mimosa em Canoas

A Casa das Artes Villa Mimosa (Avenida Guilherme Schell, 6270) recebe neste sábado, a partir das 20h, o show “Pontos, Rezas e Milongas”, com Carolinne Caramão e banda. A entrada é franca, com senhas distribuidas 30 minutos antes do show. Acompanhada por Márcio Rosado (violão e voz); Luiz Corrêa (acordeon); e por Tuti Rodrigues e Mimmo Ferreira (percussões), Caroline lança seu olhar sobre a cultura afro gaúcha, resgatando a obra de compositores que trazem, em suas letras, a contribuição dos negros na formação da cultura rio-grandense. Caroline também aproveita para mostrar o seu trabalho autoral.

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Com uma sonoridade predominantemente percussiva, fazem parte do repertório afro-milongas, maçambiques, candombe, quicumbis e ijexás, com letras que exaltam santas católicas e divindades do panteão africano, mostrando a riqueza rítmica da cultura popular do nosso Estado, ainda pouco conhecida. Entre os compositores interpretados estão Raul Ellwanger, Ivo Ladislau, Marco Aurélio Vasconcelos, Kako Xavier, Richard Serraria, Mario Tressoldi, Álvaro Rosa Costa, Mimmo Ferreira e Loma.

Gaúcha de São Sepé, desde muito cedo Carolinne teve seu talento voltado para a música, participando de festivais nativistas. Mas foi no jogo da capoeira e na Umbanda que aumentou seu interesse pelas músicas de matrizes africanas. Residiu em Salvador (Bahia), onde aprofundou suas pesquisas sobre o Samba de Roda do recôncavo, sendo apadrinhada por dois ícones da cultura afro baiana, Mateus Aleluia e o Poeta Bule Bule (que cederam músicas inéditas para o seu disco “Pontos, Rezas e Milongas”, financiado pelo Fumproarte 2015, de Porto Alegre).

Retornando ao Rio Grande do Sul, iniciou um mapeamento de compositores que traziam esta temática em suas composições, dando início ao projeto Pontos, Rezas e Milongas, junto com o percussionista Mimmo Ferreira (Dilnei Aires Ferreira). A cantora também criou o show musical “Carolinne Caramão-Syncronia” e o grupo de percussão feminina Maino Canto e Tambor.

 

Por: Daniel Soares – PMC