“A gargalhada com qualidade fica pra sempre” diz Eri Johnson em entrevista. O ator faz curta temporada em Porto Alegre neste final de semana.

Depois do sucesso da apresentação em Março, o Espetáculo “Eri Pinta Johnson Borda” volta a Porto Alegre para curta temporada no Theatro São Pedro nos dias 13, 14 e 15 de maio.

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Eri Pinta Johnson Borda é uma comédia divertidíssima escrita e interpretada pelo ator Eri Johnson, com a intenção de pintar e bordar com o seu público, através de uma completa interatividade entre todos. Dirigida por Roberto Talma. Trata-se de um espetáculo teatral com início, meio e fim, onde o ator mistura histórias reais com fictícias.

Ele relembra no palco alguns dos seus personagens, como por exemplo, o Gay Lulu da novela Barriga de Aluguel. E para aqueles que gostam das tão famosas imitações, dessa vez elas estão inseridas no contexto da peça (Romário, Evandro Mesquita, Caetano Veloso, Ney Latorraca, Alexandre Frota, Marília Pêra, Roberto Carlos, Lula, Papa …)

A trilha sonora original é da premiada Túnica, e temos ainda as participações das vozes de Gabriela Duarte e Cesar Filho.

Confira a entrevista completa:

NP: No início de sua carreira você disputava concursos de dança. Como era isso?

Eri Johnson: Era um concurso de dança do programa Carlos Imperial da extinta Rede Tupi. Eles faziam bairro contra bairro e fui representando o Bairro da Tijuca. Mas na verdade ali não era bem começo de carreira porque eu não tinha pretensão de me tornar ator, foi mais uma farra. Aquilo foi por hobbie mesmo porque nunca dancei. Eu era mais de zoar e daí eu ia pro palco quando tinha concurso de dança de discoteca e zoava. Minha turma era muito grande e qualquer coisa que eu fizesse errado no palco eles aplaudiam.

NP: Com que idade você começou imitações?

Eri Johnson: Quando era moleque mesmo, eu sempre gostava de imitar as pessoas. Minha primeira imitação foi um macaco, inclusive eu digo isso no espetáculo ‘Eri Pinta Johnson Borda’. Que eu explico que saí do macaco e fui pro Romário e daí foi exatamente a evolução do homem né (risos). Eu uso meu amigo e irmão Romário como exemplo da evolução(risos).

NP: Qual a sua imitação preferida?

Eri Johnson: Eu gosto muito de imitar o Romário, o Evandro Mesquita também é muito legal. A reação das pessoas com o Caetano Veloso é surpreendente também. Ele é muito aplaudido, no caso o próprio Caetano e a imitação(risos). Já o Romário como é mais popular, daí tem o andar do Romário, a olhar e voz.      

NP: O espetáculo que você vai apresentar no Theatro São Pedro em Porto Alegre é uma peça de muita interação com público. O que os fãs podem esperar desse espetáculo?

Eri Johnson: Essa interatividade ela é muito respeitosa. Eu não aproveito que estou no palco para poder ser superior ao público. Lá somos todos completamente iguais. A interatividade está nos personagens. Eles podem esperar um espetáculo muito bem feito pelo Roberto Talma, que tem início, meio e fim, com um narrador contando histórias que misturam realidade com ficção. Tem números de plateia e uma homenagem ao nosso rei Roberto Carlos que se trata de um pretexto para pedir para alguém cantar uma trecho de alguma música dele. Daí a pessoa vai lá, canta para sua esposa, namorada ou pra quem desejar e ainda ganha um brinde por isso por estar fazendo essa participação especial.

NP: Teve alguma situação de alguma participação de alguém em que lhe marcou?

Eri Johnson: Teve sim, na última semana, por exemplo. Tinha uma moça que ria tanto mas tanto, que eu não conseguia continuar o espetáculo. Eu fazia de conta que ia falar e ela ria. Foi uma gargalhada que tomou conta do teatro (risos). Então, essa moça acabou ficando mais importante que o próprio espetáculo em si. No final eu fiquei procurando ‘pelo amor de Deus cadê essa moça que não parou de rir?’ (risos). Quando ela levantou foi muito aplaudida porque realmente foi uma gargalhada que tomou conta do teatro.  Ela disse que estava muito nervosa. E isso é que é bom porque nunca é igual, quando tem esses números de plateia você nunca sabe exatamente o que vai acontecer. Claro que tem toda uma história e enredo por trás de tudo, mas tem uma parte do espetáculo que abre essa janela para improvisações, e neste momento a gente nunca sabe exatamente o que vai vir porque você nunca sabe o que a pessoa vai fazer e isso é muito divertido.

NP: Nos últimos anos o humor mudou muito e em muitos casos ele acaba sendo um tanto quando apelativo. O que você acha que causou essa mudança?

Eri Johnson: Eu acho que hoje o humor está muito gritado e eu particularmente não gosto disso. Percebo que estão falando muito de política e acho que não pode ficar só nisso. Eu gosto mesmo é do humor de qualidade e o humor de qualidade é quando você tem o respeito pelo imitados e pelos que estão sendo criticados. Porque nós que fazemos comédia temos uma responsabilidade, eu acho que você não pode pegar uma causa própria e transformar em um grito. Eu sempre procuro fazer uma comédia de qualidade e para a família. Por isso eu sempre tive o privilégio do público que me acompanha ser na grande maioria das vezes as famílias. Vai o pai, a mãe, os filhos e avós e isso justamente porque eles sabem que eu tenho muito respeito. O eu me interessa da gargalhada é a gargalhada de qualidade.

NP: E o Eri Johnson, mudou?

Eri Johnson: Com certeza, a gente muda a cada dia o pensamento. Todos precisamos nos reciclar e tentar melhorar sempre. Quando não estou em cartaz eu assisto muitas peças para poder absorver mais conhecimentos e informações. O teatro é vivo e você precisa aprender a todo momento. Então, obviamente que o que eu pensava anos atrás hoje eu penso diferente. A cada apresentação eu tento ser melhor do que fui na última porque é assim que eu cobro de mim mesmo e da minha equipe também.

NP: Como ator, você prefere atuar em teatro, novela ou cinema?

Eri Johnson: Indiscutivelmente o teatro. Eu sempre falo que no teatro eu costumo me sentir mais próximo de Deus.

NP: Se pudesse deixar um recado ou dica para aqueles atores que estão começando agora no mercado, que dica seria essa?

Eri Jonhson: Procure fazer humor com qualidade porque é muito mais legal e engraçado e além de ser mais respeitoso e ter uma credibilidade maior. Eu tenho 36 anos de teatro e posso falar isso tranquilamente. Pode ter certeza que o humor e a gargalhada com qualidade, ela fica pra sempre e isso não é descartável.

 

Serviço:

ERI PINTA, JOHNSON BORDA

Dias 13, 14 e 15 de maio de 2016.

Sexta feira, às 21 horas. Sábado, às 20 horas. E domingo, às 18 horas.

Theatro São Pedro – Praça Marechal Deodoro, s/nº – Centro Histórico – Porto Alegre/RS

Telefone do teatro: (51) 3227 5100 / 3227 5300

Realização: Little John

INGRESSOS

Plateia e cadeira extra: R$ 100,00

Camarote central: R$ 80,00

Camarote lateral: R$ 70,00

Galeria: R$ 30,00

DESCONTOS

50% para associados da AATSP (ingressos limitados)

50% para estudantes (até 40% da lotação)

50% para idosos

50% para titular e acompanhante do Clube do Assinante ZH

50% para clientes Porto Seguro (até dois ingressos)

PONTOS DE VENDA

Online: www.compreingresso.com.br e na Bilheteria do Theatro São Pedro.

Horários da Bilheteria:

Dias úteis: Das 13h até o horário de início do espetáculo – Quando não há espetáculo, das 13h às 18h30.

Sábados e domingos: Das 15h até o horário de início do espetáculo

Informações: (51) 3227 5100 / 3227 5300 | contato@littlejohn.art.br

 

Por: Tony Capellão