Crítica: Liga da Justiça

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Finalmente, após longos anos de espera, temos Batman, Mulher Maravilha, Flash, Aquaman e Ciborgue, a Liga da Justiça no cinema. Ok, o Superman também. Enfim, a liga está reunida nas telonas, passada a euforia de fã, vamos a algumas considerações.

O filme se passa meses depois dos eventos de "Batman vs Superman: A Origem da Justiça", após a morte do Superman (Henry Cavill). Bruce Wayne/Batman (Ben Affleck) decide reunir heróis extraordinários para montar uma equipe de combatentes do crime e defender a Terra de toda forma de ameaça. Ao lado da Mulher-Maravilha (Gal Gadot), Batman recruta o ex-astro de futebol americano ciberneticamente modificado, Victor Stone/Ciborgue (Ray Fisher), o velocista Barry Allen/Flash (Ezra Miller) e o guerreiro atlantiano Arthur Curry/Aquaman (Jason Momoa).

Sem sair do padrão cinematográfico de heróis, Liga da Justiça é um filme pra encher linguiça. Tem um roteiro perdido e durante 2h de duração nos lembra "Esquadrão Suicida". São muitos personagens apresentados de maneira apressada, com situações que definitivamente poderiam ter sido deixadas de lado.

Temos um Bruce Wayne/Batman totalmente do diferente do apresentado em BvsS, o cara faz piadas o tempo inteiro. O destaque fica mesmo por conta de Gal Gadot, que novamente deu vida a uma das maiores heroínas de todos os tempos. As cenas de ação envolvendo a Mulher Maravilha são excelentes. O começo de Ray Fisher (Ciborgue) também é legal, mas se perde e nem parece que é o mesmo Ciborgue do inicio do longa.

Aquaman e Flash estão ali para serem introduzidos em seus filmes solos, os únicos que nos dão esperança de dias melhores (ou não?). Henry Cavill (Superman) continua sendo o melhor Superman dos cinemas, ele finalmente acertou a tendência do personagem: poderoso, importante na história e ao mesmo tempo ridículo. O Lobo das Estepes (Ciarán Hinds) não agrada, tampouco a história por trás dele e seus propósitos. É um vilão totalmente desnecessário.

Fica clara a mudança de diretores no filme. Zack Snyder acabou saindo da produção por problemas familiares, no lugar dele entrou Joss Whedon (Vingadores 1 e 2). Foram mais de 20% das cenas refilmadas aos quarenta e nove do segundo tempo da prorrogação. Cenas clássicas de Snyder não existem mais, tudo que foi visto em BvsB, Mulher Maravilha e Homem de Aço não está em Liga da Justiça. A visão é de Joss, que a pedido da DC, deixou o filme totalmente claro e cômico, até demais. Também senti falta de um trilha impactante, Danny Elfman não conseguiu manter o legado de Hans Zimmer e Junkie XL.

Por fim, apesar das suas falhas, Liga da Justiça satisfaz mais do que incomoda, e será um sucesso de bilheteria. Mas a DC precisa se ligar rapidamente e corrigir os erros, porque já o terceiro filme perdido e daqui a pouco podem se tornar um Quarteto Fantástico da vida ou até mesmo uma trilogia de X-Men feito pela Fox.

Aviso: o filme conta com duas cenas pós créditos, então fique até o fim dos créditos.

Nota: 3/5