“Logan” é mais que um filme de super-heróis

Bom, fui para a cabine de imprensa de “Logan” pensando que assistiria a um filme de herói onde tudo acaba na amizade e os famosos clichês. Sai de lá completamente enganado, porque “Logan” é mais que um filme de super-heróis, é um filme GRANDIOSO. Fiquei porque o verdadeiro Wolverine estava nos cinemas. Sim, aquele Wolverine da HQ que arranca cabeças, mata seus inimigos a sangue frio, entre outras atitudes terroristas. James Mangold fez o que nenhum diretor da franquia X-Men conseguiu, trouxe o verdadeiro Wolverine para os cinemas.

Agora Hugh Jackman realmente é o Wolverine, o ator dá tudo de si e cada milissegundo da atuação dele é extremamente visceral. Com 17 anos de Wolverine, o ator participou de 9 filmes (entre participações coadjuvantes, filmes solo e filmes da equipe). Jackman se despede de Logan fazendo de tudo para que ele nunca seja esquecido.

Sim, Logan justifica a censura dos 18 anos. O filme é violento do inicio ao fim, é brutal e às vezes impressiona por envolver uma garota de 11 anos em cenas de tamanha brutalidade. O filme acontece em 2029, após o epilogo de X-Men: Dias de Um Futuro Esquecido, onde a população mutante diminuiu significantemente e os X-Men desbandaram. Logan / Wolverine (Hugh Jackman), cujo poder de cura está diminuindo, se entregou ao álcool e agora ganha a vida como um motorista. Ele está sem força e vontade de viver, demora para se regenerar e não briga como ultimamente. Ele cuida de um doente e idoso Charles Xavier / Professor X (Patrick Stewart), que ele mantém escondido. Logan tem a ajuda de Caliban (Stephen Merchant), um mutante albino que tem o poder de Rastreamento Telepatico, para cuidar de Charles no deserto dos EUA.

Um dia, uma desconhecida pede que Logan dirija uma jovem garota chamada Laura Kinney / X-23 (Dafne Keen) para a fronteira canadense. Primeiro, ele recusa, porém, o Professor tem esperado um longo tempo para ela aparecer. Laura possui uma grande destreza em luta e em muitas maneiras é igual ao Wolverine. Laura é o lado feminino de Wolverine: as garras de adamantium e, principalmente, o pavio curto. Ela é seguida por figuras sinistras, como Donald Pierce (Boyd Holbrook), trabalhando para uma poderosa corporação; isso porque seu DNA contém o segredo que liga ela a Logan. Uma perseguição implacável começa.

Laura espera que Logan á leve até o Éden, uma espécie de paraíso dos mutantes que ainda vivem as crianças que escaparam das experiências genéticas e que adquiriram poderes para serem usadas como super soldados.

“Logan” é um filme emocionante, intenso e grandioso com um roteiro incrível. É um filme humano, onde até a “fera” chora e encontra seu coração. Um longa que honra a essência do personagem, que não cai no clichê barato e que em nenhum momento deixa o público entediado.  Não tem muitos efeitos especiais, mas em recompensação  existem muitas cenas épicas e bem feitas. Logan é um filme que todo fã dos X-Men e, principalmente, do Wolverine mereciam. Com certeza, você sairá do cinema emocionado!

 

LOGAN (2017)             

Direção: James Mangold

Roteiro: David James Kelly

Elenco: Hugh Jackman, Patrick Stewart, Dafne Keen, Boyd Holbrook e Stephen Merchant.