Rock in Rio: Balanço final da sétima edição do festival

Chegou ao fim mais uma edição do Rock in Rio, a sétima, que este ano aconteceu no Parque Olímpico do Rio de Janeiro. Foram sete dias de muita música, diversão, games e emoção. Mais de 50 atrações passaram pelos três palcos do festival. Neste texto, fizemos um balanço de tudo que aconteceu na Cidade do Rock.

Marcado pelo cancelamento do show da Lady Gaga, o primeiro dia teve aquela sensação de tristeza por conta dos little monsters. Quem foi escalado para substituir a cantora foi a banda Maroon 5, que já se apresentaria ali no segundo dia. Após todo esse sofrimento, enfim chegou o primeiro dia de Rock in Rio. No palco Sunset passaram nome como: SG Lewis, Céu + Boogarins, Fernanda Abreu e Salve o Samba. Já no Mundo, depois de um lindo discurso da modelo Gisele Bündchen, a cantora brasileira Ivete Sangalo abriu os trabalhos e o show seguiu com os veteranos da Pet Shop Boys e os novatos do 5 Seconds of Summer.

Passado a loucura do primeiro dia, chegou o segundo. O Sunset foi aberto por uma homenagem para João Donato, na sequência vieram Blitz + Alice Caymmi + Davi Moraes, Elza + Rael e Emicida + Miguel. Os trabalhos do palco Mundo, foram inicializados com o Skank, e passou por Shawn Mendes, Fergie (que convidou o brasileiros Sérgio Mendes e Pabllo Vittar) e Maroon 5.

Foto: André Bittencourt/Multishow

Para encerrar o primeiro fim de semana do Rock in Rio, os cantores portugueses HMB + Virgul e Carlão abriram o Sunset, na sequência veio Johnny Hooker + Liniker + Almério, Maria Rita + Melody Gadot e o Nile Rodgers + CHIC. Já o guitarrista Frejat, foi quem abriu o palco Mundo, e foi seguido por Walk the Moon, Alicia Keys e Justin Timberlake, encerrando a festa.

De volta a Cidade do Rock, foi a vez do Rock. A cantora Ana Cañas convidou o músico Hyldon para abrir o quarto dia do Sunset. Depois veio só atração internacional, Tyler Bryant & the Shakedown, The Kills e Alice Cooper + Arthur Brown. No Mundo, quem abriu foi a Scalene (novata no festival), depois vieram Fall Out Boy, Def Leppard e por último, Aerosmith.

No quinto dia, o palco Sunset foi marcado pela música nordestina. Primeiro a banda Sinara convidou o cantor Matheus Aleluia, em seguida veio o grupo BaianaSystem junto com a cantora Titica, da Angola. O Grande Encontro fez o Rock in Rio virar o marco zero. A Nação Zumbi se juntou com o Ney Matogrosso para um show em homenagem aos Secos & Molhados. Já no palco Mundo, o Jota Quest aqueceu todo o público que esperava por Alter Bridge, Tears for Fears e Bon Jovi.

I Hate Flash

O sexto dia, um dos mais esperados, teve inicio no Sunset com Margareth Menezes + Quabales, na sequência o grupo Cidade Negra homenageou o cantor Gilberto Gil, os colombianos da Bomba Estéreo convidaram Karol Conka e o cantor CeeLo Green cantou com a brasileira IZA. No palco o Titãs abriu e foi seguido pela Incubus, depois o público presenciou um show histórico com o The Who. E ficaram até as 4h15 da manhã com o Guns N’ Roses.

Sétimo e último dia do Sunset inciou na intensidade do Ego Kill Talent e continuo com Supla + Doctor Pheabes, Repuplica e Sepultura. Já o Mundo, começou com o Capital Inicial, passou por The Offspring, Thirty Seconds to Mars e foi terminar com Red Hot Chili Peppers.

Abaixo você confere algumas considerações finais do festival, na opinião do autor.

O show do The Who pode ser considerado um dos mais emocionantes da sétima edição do festival. Após 53 anos de espera, eles fizeram o primeiro show na América do Sul. Em 1h40min tocaram 19 músicas, de discos como Tommy (1969), Who’s Next (1971), Quadrophenia (1973) e The Who Sell Out (1967). Pete Townshend , 72 anos, e Roger Daltrey, 73 anos, deram um show de simpatia em cima e fora do palco. Leia mais sobre.

Foto: Fabio Tito

Com certeza uma das surpresas do festival foi a participação da cantora Pabllo Vittar no show de Fergie. A Cidade do Rock veio abaixo quando a americana chamou Pabllo. Elas cantaram o sucesso “Sua Cara“, de Pabllo com Anitta e Major Lazer, e “Glamorous“, de Fergie. Leia mais sobre o show.

A primeira semana foi marcada por alguns shows desastrosos, plateia sem conhecer as atrações e muitas reclamações nas rede sociais. Mas três shows chamaram a atenção do grande público e da mídia. O primeiro foi o de Shawn Mendes, o músico de 19 anos estreou no festival de forma épica, colocou todo mundo para pular e cantar. Já segundo foi a verdadeira discoteca que Nile Rodgers e a banda CHIC fizeram no palco Sunset, em uma hora eles tocaram todos clássicos da carreira e de mais artistas que Nile produziu. E por último Justin Timberlake, o cara mostrou todo seu R&B e presença de palco. Com certeza estes foram os melhores shows da 1ª semana.

Foto: I Hate Flash

O palco Sunset, novamente, foi o centro das atenções no festival. O curador do palco, Zé Ricardo, apostou nos encontros e bandas alternativas para a grade da quarta edição do Sunset e acertou. O segundo stage reuniu músicos consagrados para homenagear o Samba, Elza Soares se apresentou pela primeira vez no festival, Miguel fez sua estreia no país, o Sepultura deu uma nova cara para a sua apresentação junto com a Família Lima, BaianaSystem convidou a Titica e fez um dos shows mais enérgicos do festival e o Grande Encontro retornou com RiR em um show que entrará para história.

Mais uma vez, os cancelamentos de apresentações chamou a atenção no festival. Nesta edição foram quatro, com direito a um headliner. A primeira desistência foi de Billy Idol, em março, o músico não justificou a ausência. Outra atração que cancelou foi a banda americana The Pretty Reckless, eles alegaram que haviam feito uma visita recente no país (em abril) e não estavam dispostos a voltar. Os cancelamentos de Charles Bradley e Lady Gaga foram mais sérios, o cantor precisou cancelar toda turnê por conta de um câncer no figado e no dia 24 acabou falecendo, já a cantora cancelou por causa de uma doença chamada fibromialgia, que impossibilitada a pessoa de fazer qualquer tipo de movimentos físicos.

O Guns N’ Roses fez a maior apresentação de toda a história do festival. Foram mais de 3h30 minutos onde tocaram todos seus hits e alguns covers de bandas consagradas. Mesmo com a voz comprometida, Axl Rose manteve a pegada do inicio ao fim. A apresentação também marcou o retorno de Slash e Duff McKagan ao Rock in Rio, depois de 26 anos. Leia mais sobre o show.

I Hate Flash

 

O Tears for Fears fez o show mais perfeito do festival. Técnica e hits não faltaram por parte da banda. Nem o desanimo do público não atrapalhou. Por uma hora e quizne minutos eles tocaram hits como “Everybody Wants to Rule the World“, “Shout“, “Head Over Heels” e um cover de “Creep“, do Radiohead. Leia mais sobre o show.

I Hate Flash

A sétima edição também foi marcada por muitos protestos contra a classe política brasileira, especialmente o presidente Michel Temer. Do lado dos artistas, todos as atrações nacionais protestaram. O projeto Amazonia Live também foi muito lembrado. A cantora Alicia Keys chegou a levar no palco uma nativa para explicar o que esta acontecendo com as reservas.

O festival recebeu bastantes bandas novas, o Sunset abraçou maioria. Por lá passaram The Kills, Tyler Bryant & the Shakedown, Bomba Estéreo e Ego Kill Talent. Já no palco Mundo quem estreou foi a brasileira Scalene, os estrangeiros 5 Seconds of Summer, Shawn Mendes, Walk the Moon, Fall Out Boy, Alter Bridge e Incubus.

Os shows nacionais no palco Mundo não teve novidade nenhuma, sempre o mais do mesmo. Ivete Sangalo, Skank, Jota Quest, Frejat e Capital Inicial. Os únicos que ‘novos’ foram Scalene e Titãs. O Capital Inicial roubou a cena e fez o melhor entre os nacionais.

I Hate Flash

O festival nem acabou, nem contabilizaram toda grana. Mas já vamos começar a pensar em 2019. Esperamos uma edição com atrações mais inéditas, como Bruno Mars, Lady Gaga, Pearl Jam, Paul McCartney e o retorno de Bruce Springsteen, AC/DC, Iron Maiden e Scorpions. Aguardemos!