Festival Varilux traz novidades do cinema francês a Porto Alegre

Filme premiado em Cannes, longa protagonizado por vencedor de Oscar e produção com os atores mais admirados da França. Esses são alguns dos pontos altos da edição 2016 do Festival Varilux de Cinema Francês que, neste ano, ganhará uma semana a mais de exibição em relação à edição anterior, em 50 cidades brasileiras. Em Porto Alegre, a mostra acontecerá de 9 a 22 de junho no Espaço Itaú (Bourbon Shopping Country), no Cinespaço Wallig (Bourbon Shopping Wallig) e no Cine Guion. Os ingressos estarão à venda na bilheteria dos cinemas.

varilux2016

Ao todo, a programação contará com 15 filmes inéditos e um grande clássico do cinema francês. O premiado ator francês Omar Sy, que ficou conhecido e admirado mundialmente por sua atuação em “Intocáveis”, poderá ser visto novamente, agora em “Chocolate”, interpretando o primeiro artista circense negro na França da Belle Époque, no filme de Roschdy Zem. O festival exibirá também o filme seleção oficial do Festival de Cannes 2015, “Meu Rei”, de Maïwenn, drama com as estrelas Vincent Cassel e Emmanuelle Bercot, premiada com a Palma de Ouro de melhor atriz. E o vencedor do Oscar Jean Dujardin volta às telonas em “Um Amor à Altura”, comédia romântica de Laurent Tirard. Na produção, Dujardin ajudará a personagem de Virginie Efira a encontrar seu telefone celular perdido e essa história tomará um rumo inesperado. Entre os grandes sucessos na lista de filmes, está o longa “Marguerite”, de Xavier Giannoli, com Catherine Frot, premiada com o Cesar 2016 da Melhor Atriz, baseado na história da rica e excêntrica americana Florence Foster Jenkins que não desistiu de cantar em público apesar de não ter talento algum.

Dentro do diversificado leque de produções francesas, estão ainda na programação a premiada animação “Abril e o Mundo Extraordinário”, de Franck Ekinci e Christian Desmares, vencedor do prêmio Cristal no Festival de Annecy; “O Novato”, do jovem diretor e roteirista Rudi Rosenberg, que com humor e ironia foca no universo adolescente baseado em suas próprias vivências; “A Corte”, comédia dramática de Christian Vincent, sobre um juiz durão que acaba amolecendo ao se deparar durante um julgamento com uma jurada por quem tinha sido apaixonado anos antes e o drama “Um Belo Verão”, de Catherine Corsini, que aborda as questões em torno da liberdade sexual e feminismo na Paris da década de 70.

Para o diretor do Festival, Christian Boudier, há muito que comemorar. A edição 2016 do festival iguala o recorde de cidades – 50, ao todo -, mas dobra a duração do evento. “O Festival Varilux já se consolidou como um dos principais eventos incentivador e difusor da cultura francesa no Brasil. O público já reconhece a sua importância e, mais do que isso, espera ansiosamente pela realização do festival. Por isso, ganhar uma semana a mais de exibição é um presente para nós, realizadores, e principalmente, para o fã do bom cinema francês”, comemora.

Sessões democráticas

Para o incentivo à formação de novos públicos, ao todo 20 cidades receberão as sessões educativas do Festival Varilux. E, como de costume, o evento terá sessões de democratização, gratuitas ao público, em espaços alternativos do Rio, São Paulo, Brasília, Belo Horizonte e Porto Alegre. Na capital gaúcha, o local escolhido é a Sala Redenção (Rua Eng. Luiz Englert, s/n, Campus Central da UFRGS). De 13/06 a 19/06, sempre às 14h.

Sobre o Festival Varilux de Cinema Francês

Desde 2010, o Festival Varilux vem se consolidando no Brasil como o primeiro festival de cinema com abrangência nacional, fazendo parte do calendário cultural do país. O festival manterá a tradição e promoverá atividades paralelas, desta vez com novidades: pela primeira vez será realizada a “Oficina de Crítica Cinematográfica”, voltada para profissionais mais experientes ou com menos tempo de mercado, que será ministrada no Rio de Janeiro pelo renomado crítico francês Jean-Michel Frodon, ex-diretor da redação da prestigiada revista “Cahiers du Cinéma”.

Em Porto Alegre, a mostra recebe o apoio da Aliança Francesa, da Chandon, do restaurante Le Bateau Ivre e da Fundação Cultural Piratini.

 

Por: Julia Assef